Grupo SATA com prejuízos de 45 milhões no primeiro semestre

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A Azores Airlines registou um prejuízo de 37,8 milhões no primeiro semestre. Os resultados líquidos continuam pressionados pelos elevados gastos operacionais e financeiros.

O Resultado Líquido do Grupo SATA foi afetado pela pressão provocada pelo aumento dos custos operacionais, bem como nos gastos financeiros, fixando-se nos 45 milhões negativos.

No primeiro semestre de 2024, o Grupo SATA (que inclui a Azores Airlines, a SATA Air Açores e a SATA Gestão de Aeródromos) transportou 1,174 milhões de passageiros, correspondendo a mais 166 mil passageiros (+16%), quando comparado com o período homólogo.

O crescimento contínuo das receitas mantém-se em 2024, atingindo cerca de 180 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca 32 milhões de euros (+22%) quando comparado com o período homólogo de 2023.

No entanto, a pressão sobre os custos fez recuar o EBITDA para 6,5 milhões negativos, que compara com os 3,6 milhões de euros positivos verificados no primeiro semestre de 2023.

A capacidade disponibilizada registou um aumento de 13% versus o primeiro semestre de 2023, traduzindo-se numa subida geral da taxa de ocupação média (load factor) do Grupo em 2,6 p.p, cifrando-se em 78,6%.

No que toca à SATA Air Açores, no 1º semestre apresentou um resultado líquido de 9 milhões de euros negativos, que compara com os 11,4 milhões de euros negativos em igual período do ano transato.

A SATA Air Açores apresentou um total de receita no 1º semestre de 2024 de 51,4 milhões de euros, representando um acréscimo de 13,4% face ao 1º semestre de 2023. Esta subida da receita reflete o aumento do número de passageiros transportados, +23 mil passageiros (+6%) face ao 1º semestre de 2023.

A taxa de ocupação média dos voos (load factor) teve um aumento quando comparado com o período homólogo, tendo sido de 74,5% no 1º semestre de 2024, +3,9 p.p. face ao 1º semestre de 2023.

Os custos operacionais no acumulado do 1º semestre de 2024 totalizaram 52,7 milhões de euros, +16% que o verificado no período homólogo, devido sobretudo ao aumento de custos com pessoal, decorrente do aumento do número de efetivos e das valorizações salariais sendo em parte associadas aos novos acordos da empresa.

O aumento dos custos operacionais resultou, por um lado, de fatores relacionados com a atividade operacional da empresa, e, por outro, de factores referentes ao acréscimo de custos decorrente do enquadramento macroeconómico internacional em que a SATA Air Açores se move, tornando-a vulnerável à evolução dos custos de alguns fornecimentos e serviços externos que dificilmente consegue mitigar, nomeadamente os custos com combustíveis.

Considerando o aumento dos custos superior à receita, assistiu-se a uma deterioração do resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) face a 2023. No 1º semestre o EBITDA foi negativo em 1,2 milhões de euros, que compara com 55 mil euros negativos no 1º semestre de 2023.

Os resultados operacionais foram amplamente afetados pelas irregularidades (indemnizações + ACMI’s – Aircraft, Crew, Maintenance and Insuranc) verificadas no primeiro semestre de 2024. Excluídos esses impactos, a SATA Air Açores teria alcançado um resultado operacional muito semelhante ao ano anterior.

O resultado líquido, por sua vez, registou melhorias comparativamente ao período homólogo, sobretudo devido à redução do impacto dos encargos financeiros nas contas da companhia (resultado da amortização antecipada dos 60 milhões de euros em setembro de 2023).

Já a Azores Airlines registou um prejuízo de 37,8 milhões no primeiro semestre. Os resultados líquidos continuam pressionados pelos elevados gastos operacionais e financeiros.

Nesta companhia foram transportados 747 mil passageiros, uma subida de 24% face ao 1º semestre de 2023, com um load fator de 81,1% (+1 p.p. face ao 1º semestre de 2023).

A receita totalizou 135,5 milhões de euros (+24,4 milhões de euros quando comparado com o 1º semestre de 2023) e o Resultado Operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) fixou-se em 4,9 milhões de euros negativos.

Apesar do forte impulsionamento das receitas, o 1º semestre registou igualmente um crescimento dos custos operacionais, em consonância com vários outros players de mercado.

Já a SATA Gestão de Aeródromos registou um incremento de receita em linha com o aumento de tráfego nos aeroportos da Região Autónoma dos Açores. O resultado líquido registou uma evolução positiva num ano, segundo dados do primeiro semestre, tendo passado de 506 mil euros negativos para um resultado líquido positivo de 228 mil euros.

O aumento de receitas superior ao aumento de custos traduziu-se num incremento de EBITDA. O EBITDA registado foi negativo em 55 mil euros, 604 mil euros menos negativo que o resultado do período homólogo.

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