Dois homens, de 26 e 52 anos, foram detidos pela Guarda Nacional Republicana (GNR) no âmbito de uma operação que se realizou, no dia 10 de julho, no Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo e Lisboa, e que tinha como objetivo combater os crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Além destes dois homens que acabaram detidos por tráfico de estupefacientes e posse ilegal de armas, outras 15 pessoas foram constituídas arguidas durante a operação Alto Oleico, entre os quais duas mulheres e cinco homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 50 anos, assim como oito pessoas coletivas (empresas).
A investigação, revela a GNR, visou uma rede criminosa dedicada à implementação e prossecução de um esquema de fraude que passava pela aquisição de óleos alimentares a granel em Espanha e à sua posterior revenda no mercado nacional, sem pagamento de qualquer valor de IVA ao Estado português, resultando num prejuízo que ascende os 3,8 milhões de euros.
"Além dos graves danos infligidos ao erário público, esta organização criminosa introduziu um forte fator de distorção do mercado e de adulteração do princípio da livre e leal concorrência", recordam os militares.
Na operação, que contou com 64 militares da GNR, 15 inspetores da Autoridade Tributária, com uma equipa da Intervenção Rápida da PSP de Braga, assim como a colaboração das forças policiais espanholas e autoridades judiciária, foram apreendidas três armas de fogo, 263 munições, 10 viaturas, 9.705 euros, 39,1 gramas de haxixe, 50 gramas de ouro, cinco computadores, dois tablets, assim como diversos carimbos e documentos.
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