Guerra na Ucrânia. Medalhista olímpico russo pressionado para combater

2 horas atrás 16

Andrey Perlov, de 62 anos, está detido desde março deste ano, depois de ter sido acusado de roubar 3 milhões de rublos (cerca de 25.600 euros) de um clube de futebol russo, onde era diretor. Foi-lhe dito que o seu processo seria ‘congelado’ e, possivelmente, arquivado quando a guerra terminasse, mas só se concordasse em combater na Ucrânia, relata a estação televisiva BBC. 

Tanto o Perlov como a sua família negam as acusações feitas e dizem que o medalhista está a ser pressionado para se juntar ao exército russo.

O jornal britânico acrescenta que não é segredo que os presos russos são recrutados para a guerra, mas, se inicialmente eram apenas chamados os acusados de grandes crimes, agora estão incluídos também os que aguardam julgamento.

As leis mais recentes dizem que tanto os advogados de defesa, como os de acusação são legalmente obrigados a informar as pessoas acusadas que têm a opção de ir para a guerra na Ucrânia em vez de ir a tribunal. 

Esta nova legislação foi aprovada em março de 2024 e diz que se os acusados se alistarem, o processo e as investigações irão parar. Geralmente, os casos são arquivados na totalidade quando terminar a guerra. 

Três advogados confirmaram à BBC que esta opção se tornou comum na Rússia. 

Andrey Perlov venceu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992 nos 50 quilómetros de marcha.

Leia Também: Drone russo atinge edifício residencial em Kyiv e faz um morto

Ler artigo completo