Guerra 'persegue' Júnior Moraes: "Para o meu filho, os amigos morreram"

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Júnior Moraes, irmão do ex-FC Porto Bruno Moraes, concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista ao portal brasileiro Globoesporte, no qual recordou a maneira como, há quase dois anos, teve de abandonar a Ucrânia, devido à invasão das forças militares da Rússia.

"Cogitei, e muito, voltar. É um lugar pelo qual tenho carinho e amor, e onde fiquei a maior parte da carreira. Faltam 22 golos para ser o maior marcador da história do país, fiz parte da seleção", começou por afirmar o avançado, que, na altura, representava o Shakhtar Donetsk, tendo acabado por assinar pelo Corinthians.

"Várias e várias vezes perdi noites de sono pensando em voltar para a Ucrânia, mas fiz uma promessa à minha esposa de não colocar a minha vida em risco, tenho dois filhos pequenos que precisam de nós. Para eles, seria muito difícil entender a situação", acrescentou.

O avançado de 36 anos deu, ainda, conta das consequências que a guerra teve na família: "É difícil explicar aos filhos uma guerra, e às pessoas também, porque, aqui, no Brasil, não há históricos de explosões, assassinatos em massa, traumas...".

"O meu filho, diretamente, não passou por nada, mas, indiretamente, na cabeça dele, todos os amigos estão mortos. Já fez desenhos com pedaços de crianças, diz que explodiram com os amigos. É muito pesado lidar com isso", completou.

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