O Mundial de Novara atrasou este momento, mas finalmente chegou a hora. Na noite deste sábado, o Campeonato Placard vai voltar a ver a bola a rolar quase quatro meses depois do FC Porto se ter sagrado campeão nacional pela 25ª vez.
Para esta edição, a 84ª da história da I Divisão, a única promessa é aquela que tem sido transversal aos últimos anos: uma competitividade extrema e um equilíbrio absoluto. Ou não fosse este o melhor campeonato do mundo do hóquei em patins...
Um lugar para quatro equipas
Mais uma vez, candidatos não faltam. Para além dos três crónicos grandes do desporto português há ainda uma UD Oliveirense que não desiste de perseguir o seu sonho do título. O ano passado já deixou um cheirinho e para esta época a promessa é continuar a galgar patamares e bater o pé a quem surgir pela frente.
Comecemos pelo FC Porto, uma equipa que pouco mexeu: saiu Roc Pujadas para Alvalade e entrou o menino Tomás Santos, vindo de Valongo. A base do campeão é a mesma e esse é o maior elogio que se pode fazer a este dragão que viu os três adversários... mudarem de treinador.
Benfica entrou na época a vencer Elite Cup @Sigma Stars
No Benfica entrou Edu Castro que trouxe consigo, de Barcelona, dois monstros: João Rodrigues, de volta à Luz, e Pau Bargalló, máquina de fazer golos. Em sentido contrário surgem Pablo Álvarez, Pol Manrubia ou Carlos Nicolía, mas a primeira mostra na Elite Cup deixou água na boca.
Da Luz para Oliveira de Azeméis foi Nuno Resende, que ocupou o lugar deixado vago por Edo Bosch... que rumou a Alvalade. O desafio de Resende não é fácil, dado que Edo Bosch subiu a fasquia na época passada, mas este regresso do técnico é visto com muita expetativa, já que o plantel é exatamente o mesmo da última temporada.
Praticamente do mesmo se pode dizer em relação ao Sporting. É certo que mexeu no banco, mas no plantel só houve uma alteração: saiu Ferran Font, entrou Roc Pujadas. A época passada foi de frustração nacional, mas alegria europeia, pelo que para 2024/25 o ideal é juntar o melhor dos dois mundos...
Dois complicadores e depois... salve-se quem puder
Não é mesmo à toa que dizemos que esta pode muito bem ser uma das edições mais equilibradas de sempre da I Divisão. Desde logo, pelo facto de não existir nenhum Carvalhos. Isto é: uma equipa que é evidentemente mais frágil que as restantes. Mas comecemos por ordem e falemos de duas equipas que vão fazer os candidatos passar bem mal.
Na época passada, SC Tomar e OC Barcelos estiveram, entre si, numa luta à parte pelo quinto lugar. O SC Tomar acabou por vencer essa luta, mas nenhuma das duas foi capaz de seguir para as meias-finais, apesar de terem complicado a vida aos grandes - os minhotos até venceram um jogo da série contra a UD Oliveirense.
Para 2024/25 espera-se o mesmo tipo de dificuldades: o SC Tomar mudou pouco e menos que o OC Barcelos, que perdeu nomes importantes como Darío Giménez e Alvarinho, mas conseguiu sacar, à última hora, Pol Manrubia ao Benfica.
Depois destas duas equipas há um mini-fosso até chegar... a oito equipas. Oito equipas que vão lutar pelos últimos lugares de acesso ao play-off e, ao mesmo tempo, tentar fugir da descida de divisão. Todas elas partem com o mesmo tipo de capacidades, apesar de algumas com mais estatuto que outras.
Equipas como AD Valongo, Riba d´Ave, HC Braga, Juventude Pacense ou Murches têm outro tipo de estaleca nestas andanças e nos momentos decisivos essa questão pode ser decisiva, até tendo em conta as movimentações de mercado interessantes que foram feitas.
Mas os regressados AD Sanjoanense, Candelária e Juventude de Viana entram em jogo com a clara convicção que para o ano estão a repetir a aventura. O equilíbrio é impressionante e ninguém conseguirá arriscar quem desce ou quem surpreende - destas equipas apenas uma mudou de treinador, com o Murches a apostar no experiente Pedro Nunes.
Os dados estão lançados. Todas estas linhas fazem parte de um plano teórico que acreditamos não fugir muito da realidade da próxima edição do Campeonato Placard. Agora é a vez dos artistas mostrarem o que sabem fazer...
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