Guterres lamenta mortos em inundações no Afeganistão e diz que ONU está a avaliar situação

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"O secretário-geral lamenta as vidas que se perderam devido às inundações repentinas na província de Baghlan, no nordeste do Afeganistão", referiu o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, num comunicado divulgado no sábado.

Dujarric acrescentou que Guterres transmitiu "os mais sentidos pêsames às famílias das vítimas", "solidariedade ao povo afegão" e desejou uma "rápida recuperação aos feridos".

O responsável garantiu que as Nações Unidas estão a trabalhar em coordenação com os parceiros no Afeganistão e com as autoridades do país para "avaliar rapidamente as necessidades e prestar assistência de emergência".

O Programa Alimentar das Nações Unidas (PAM) estima que mais de 300 pessoas morreram nas inundações provocadas pelas chuvas torrenciais dos últimos dias no norte, no centro e no oeste do Afeganistão.

Enquanto o PAM apenas relatou mortes na província de Baghlan, o Governo afegão, nas mãos dos talibãs, já confirmou "centenas de mortos" não só nesta zona, como cenas de destruição e vítimas mortais nas províncias de Badakhsan, Ghor e Herat.

O porta-voz do Ministério do Interior dos talibãs, Abdul Matin Qani, estimou em cerca de 150 o número de mortos, 131 dos quais em Baghlan, 20 em Tajar, dois em Badakhshan e pelo menos uma centena de feridos.

Em declarações à agência de notícias alemã DPA, o responsável também já admitiu que os números poderão aumentar substancialmente nas próximas horas, já que há relatos "de centenas" de mortos arrastados pelas águas.

No sábado, o PAM, que distribui alimentos aos sobreviventes, indicou que as inundações também destruíram cerca de mil casas em Baghlan.

O Afeganistão tem enfrentado chuvas intensas e inundações repentinas nas últimas semanas.

O país asiático é um dos mais vulneráveis do mundo às alterações climáticas e o menos preparado para se adaptar, de acordo com um relatório do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A somar à situação vulnerável está a interrupção de grande parte da ajuda internacional e o congelamento dos fundos do país, depois de os talibãs terem tomado o poder em agosto de 2021.

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