Guterres reitera que África deve ter assento permanente no Conselho de Segurança

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Secretário-geral da ONU diz que "as instituições devem refletir o mundo de hoje, não o mundo de há 80 anos" e que África deve ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

epa11093824 United Nations Secretary General Antonio Guterres speaks to the media after his address at the opening of the Third South Summit for the Group of 77 (G-77) and China in Kampala, Uganda, 21 January 2024. Uganda is hosting the Third South Summit for the Group of 77 (G-77) and China on 21 and 22 January 2024 with aim to boost cooperation among its 134 member states in investment, sustainable development, climate change and poverty eradication.  EPA/DANIEL IRUNGUi

DANIEL IRUNGU/EPA

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou, esta terça-feira, que África deve ter um lugar permanente no Conselho de Segurança, o órgão encarregado de garantir a paz e a segurança mundiais.

O porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, disse, na sua conferência de imprensa diária, que as opiniões de Guterres foram em resposta ao número de pessoas que vivem em todo o continente, onde a ONU enviou várias missões de manutenção da paz e onde “o trabalho de segurança está em curso”. “Ele falou da injustiça dos países que foram colónias e que foram penalizados duas vezes: uma vez pelos colonizados e outra por nem sequer estarem à mesa quando a arquitetura do sistema multilateral foi discutida”, acrescentou Dujarric.

No domingo, Guterres questionou, em mensagem na rede social X, a ausência de um país africano no Conselho de Segurança, afirmando que “as instituições devem refletir o mundo de hoje, não o mundo de há 80 anos”, e referiu que a próxima Cimeira do Futuro da ONU – a realizar em setembro -, será “uma oportunidade para analisar as reformas da governação global e reconstruir a confiança”.

Dujarric sublinhou que estes são os “sentimentos” de Guterres, mas que, no final, caberá aos próprios Estados-Membros decidir se algum país africano se torna membro permanente do Conselho de Segurança.

Embora África tenha três lugares no Conselho de Segurança de 15 membros, estes são rotativos, e os cinco lugares permanentes são ocupados pela Europa (França e Reino Unido), América do Norte (EUA) e Ásia (China), para além do lugar da Rússia, que atravessa dois continentes.

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