H5N1, um vírus “100 vezes pior que a Covid”. Nova pandemia à vista?

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04 abr, 2024 - 17:31 • Redação

Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a taxa de mortalidade do vírus H5N1 seja de 52%. EUA já sinalizaram surtos em seis estados. Cientistas estão preocupados com o risco de mutação do vírus.

Uma nova pandemia pode estar à vista. Depois da Covid-19, que fez parar o mundo em 2020, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), esta quinta-feira, lançou o alerta para um aumento significativo do número de casos de gripe das aves.

A estirpe do vírus H5N1 afeta animais – aves, gado, gatos, ursos, focas e até golfinhos -, mas também humanos.

De acordo com a “Reuters”, o Governo norte-americano sinalizou, recentemente, surtos em pecuárias em seis diferentes estados. Uma pessoa no Texas foi infetada.

Há também relatos de surtos em outros países da América do Sul e até na Antártica. Em alguns locais, houve espécies animais que foram quase totalmente dizimadas pelo vírus.

“Nos últimos meses, tivemos [casos] em toda uma série de mamíferos diversos e variados. É preocupante ver esta propagação a outras espécies”, disse Monique Eloit, líder da OMSA, à Reuters.

Encontramos cada vez mais espécies e mais animais contaminados, portanto, necessariamente, com uma carga viral mais elevada e com risco de contaminação de seres humanos.”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a taxa de mortalidade do vírus H5N1 seja de 52%, tendo em conta que, desde 2003, dos 887 casos diagnosticados de gripe das aves 462 resultaram em óbito.

A principal preocupação dos cientistas, neste momento, é que o vírus sofra alguma mutação e se torne mais transmissível entre humanos.

O H5N1 “parece ser 100 vezes pior do que a Covid, ou poderia ser se sofresse uma mutação e mantivesse sua alta taxa de mortalidade”, disse John Fulton, consultor farmacológico para vacinas, num evento na Casa Branca, citado pelo “Daily Mail”.

Ao nível europeu, a preocupação já está no ar. Na quarta-feira, a Agência Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) alertou para o risco de uma pandemia de gripe das aves em grande escala se o vírus se tornar transmissível entre pessoas.

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