Há 3 anos, defendia o Capitólio. Agora, Dunn concorre em Maryland

Um dos agentes que defendeu o Capitólio no ataque levado a cabo pelos apoiantes do então presidente Donald Trump, em 2021, vai candidatar-se ao Congresso de Maryland.

O anúncio foi feito esta sexta-feira, e acontece depois de o democrata que representa o 3.º distrito se reformar. O agente em questão, Harry Dunn, deixou a Polícia do Capitólio no ano passado, colocando um fim a 15 anos de carreira.

“A 6 de janeiro de 2021, cumpri o meu dever como agente e norte-americano ao defender o Capitólio de rebeldes violentos”, escreveu Dunn ao anunciar a sua candidatura, citado pelas publicações norte-americanas. “Hoje, concorro ao Congresso porque as forças que estimularam aquele ataque violento ainda existem e, como patriota, é meu dever defender a democracia”, acrescentou.

Dunn foi um dos agentes que testemunhou perante os responsáveis pela investigação ao ataque ao Capitólio, referindo que foi vítima de insultos racistas por parte dos apoiantes de Trump. Segundo o que contou, em julho desse mesmo ano, Dunn terá conversado com um manifestante, dizendo-lhe que tinha votado em Joe Biden – que iria assumir a presidência dos Estados Unidos nesse ano.

Foi nesse momento que cerca de 20 manifestantes o terão rodeado e ofendido. Depois do ataque, sentou-se ao lado de um outro colega e contou-lhe o que se tinha passado, questionando: “É isto que são os Estados Unidos?”.

Durante o seu testemunho, Dunn apelou ainda aos responsáveis que fossem “a fundo nesta questão” e comparou o que se passou com o homicídio levado a cabo “por um só homem”.

"Se um assassino é contratado e mata alguém, o assassino vai para a prisão”, constatou, acrescentando: "Mas não é só o assassino que vai para a cadeia, também a pessoa que o contratou vai. Houve um atentado a 6 de janeiro e foi um assassino que o mandou. Quero que cheguem ao fundo da questão".

Já em outubro do ano passado, Dunn publicou um livro sobre o dia do ataque onde fala sobre o trauma pelo qual passou. Tal como outros agentes, Dunn foi distinguido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, dois anos depois de um ataque.

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