Hamas quer proposta clara e sem margem para interpretações

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As ideias devem ser "transcritas numa linguagem clara e os mecanismos de implementação [do acordo] devem ser simples e sem margem para interpretações", afirmou a fonte, que falou à agência espanhola EFE na condição de não ser identificada.

O Hamas apelou também ao Egito, ao Qatar e aos Estados Unidos para que incluam na proposta a aprovação pública e a assinatura do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Pediu ainda que a administração norte-americana forneça uma orientação detalhada sobre a forma como irá garantir que Israel cumpre o acordo.

Segundo a fonte, os chefes das brigadas Al-Qasam, o braço armado do Hamas, disseram à equipa de negociação do grupo islamita para "não se deixar enganar por tudo o que os mediadores dizem".

Alegaram que o movimento palestiniano "é capaz de resistir durante muito tempo" e tem "surpresas reservadas" para Israel em Gaza.

O Hamas responderá à proposta "nos próximos dias", enquanto prosseguem consultas para retomar conversações indiretas entre as partes, afirmaram fontes oficiais egípcias à televisão estatal Al Qahera News, próxima dos serviços secretos do Egito, segundo a EFE.

As mesmas fontes disseram ao mesmo canal que os líderes do Hamas informaram o Cairo de que estão "a estudar séria e positivamente a proposta de trégua".

Ao mesmo tempo, o Egito está a fazer "contactos intensivos" para retomar as negociações entre o Hamas e Israel, acrescentaram.

A proposta de acordo prevê um cessar-fogo de seis semanas, a retirada das tropas israelitas de todas as zonas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns, incluindo mulheres, idosos e feridos.

Os reféns serão trocados por centenas de presos palestinianos que estão nas cadeiras de Israel, segundo o que foi divulgado pelo Presidente Joe Biden.

Durante as seis semanas, Israel e o Hamas deverão negociar os pormenores da segunda fase, que incluirá o "fim permanente das hostilidades", a libertação dos restantes reféns, incluindo soldados, e a retirada do exército israelita.

A terceira fase inclui a reconstrução do enclave palestiniano, devastado pela ofensiva israelita lançada após o ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.

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