Foi dos maiores goleadores do futebol europeu entre o final da última década do século XX e a primeira do século XXI e revelou, esta segunda-feira, que esteve com um pé no Benfica. Em entrevista ao The Guardian, Henrik Larsson explicou o motivo que impediu o seu ingresso nos encarnado então orientados por Sven-Goran Eriksson. «Em 1989, o Helsingborg fez um acordo que previa que o jogador mais promissor fosse treinar ao Benfica. Estive lá uma semana e correu bastante bem. Sven disse-me que, se não fosse a limitação de três jogadores estrangeiros, teria assinado», admitiu o antigo internacional sueco. Sobre o afastamento do mundo do futebol, Larsson foi perentório: «Estou cansado do jogo. Já o sentia nessa altura [em que foi adjunto de Ronaldo Koeman, no Barcelona], mas quis confirmar aquilo que já sabia. A exigência é demasiado elevada. Foi terrível a forma como despediram Koeman, como fomos despedidos. Estou cansado do jogo porque gira tudo à volta do dinheiro, mais do que nunca.» «Admito que fiz bom dinheiro graças à minha carreira, não posso ser comparado a um empregado fabril, mas nunca fui movido pelo dinheiro. Foi jogar futebol, a paixão pelo jogo», prosseguiu. «Tive a oportunidade de assinar pelo Manchester United, logo na década de 90, quando estava no Celtic. Teria ficado a ganhar mais, talvez mais 10 ou 15 mil libras por semana, mas vinha de três anos e meio de altos e baixos no Feyenoord e tinha encontrado estabilidade no Celtic. Tínhamos jogado a Taça UEFA, ia à seleção e não sentia necessidade de mudar para lado nenhum. Não me tornei uma estrela no Barcelona, mas sim no Celtic», concluiu quanto à própria carreira.