Herdeira de cerca de quatro mil milhões de euros pede ajuda para redistribuir riqueza

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Marlene Engelhorn, herdeira de um património estimado em cerca de quatro mil milhões de euros, quer a ajuda de 50 pessoas para redistribuir a sua riqueza. 

Na passada quarta-feira, a austríaca de 31 anos enviou dez mil convites para poder reunir as 50 pessoas que a ajudarão a definir o destino de 25 milhões de euros da herança. 

"Se os políticos não fazem o seu trabalho, então eu própria tenho de redistribuir a minha riqueza (...) Estou a colocar os meus bens à disposição destas 50 pessoas e a depositar a minha confiança nelas", explicou Marlene Engelhorn, citada pela BBC News. 

Os interessados em participar na iniciativa, denominada "Bom Conselho para a Redistribuição" ("Guter Rat für Rückverteilung", em alemão), poderão inscrever-se através da Internet ou por telefone. O grupo será convidado a contribuir com ideias para criar soluções do interesse de toda a sociedade.

Após a seleção, o grupo irá reunir-se em Salzburgo, Áustria, com académicos e organizações da sociedade civil, de março a junho deste ano. As despesas de deslocação serão cobertas e os participantes receberão 1200 euros por participação.

Se o "Bom Conselho para a Redistribuição" não chegar a nenhuma decisão concreta e "amplamente apoiada" sobre o que fazer com a fortuna, o projeto fica sem efeito e o dinheiro volta para Marlene Engelhorn.

Marlene ficou conhecida internacionalmente após revelar que queria entregar 90% do património ao Estado por se incomodar com a injustiça social. 

A mulher cresceu numa mansão em Viena, na Áustria, e sempre estudou nos colégios mais prestigiados da cidade. Explica que quando era jovem não tinha consciência dos privilégios de que dispunha enquanto rapariga rica, mas que com o tempo se foi apercebendo de todas essas regalias.

Hoje, considera-se "um produto de uma sociedade desigual" e acredita que as fortunas não ganhas com trabalho próprio devem ser democraticamente atribuídas pelo Estado.

A fortuna da família de Marlene teve origem em Friedrich Engelhorn, que há cerca de 150 anos fundou na Alemanha a BASF, uma das maiores empresas químicas do mundo.

Outra empresa da família, a Boehringer Mannheim, que produzia produtos farmacêuticos e equipamento de diagnóstico médico, foi vendida por 11 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros) em 1997.

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