Herói na Albânia é cidadão do Porto: «A culpa é do mágico Deco»

8 meses atrás 48

Se Tirana é um lugar difícil de encontrar, como cantam os GNR, ter o selecionador da Albânia a viver no Porto facilita tudo. Sylvinho, bicampeão europeu pelo Barcelona de Pep Guardiola, escolheu a Foz do Douro para base familiar, um ponto estratégico na sua relação profissional com a seleção balcânica e a ligação emocional a São Paulo. Aos 49 anos, o ex-lateral esquerdo vive os melhores dias na função de treinador, pois qualificou com irrepreensível qualidade a Albânia para o Euro 2024. A entrevista nos estúdios do zerozero passa muito pelos segredos desse sucesso e pela ligação a uma equipa técnica cheia de nomes famosos e à qual não podia faltar um português: Rui Pedro Sousa, analista e ex-colaborador de Sérgio Vieira. 

zerozero - Exatamente um ano depois de ser oficializado em Tirana, o Sylvinho visita o zerozero. No meio desta coincidência, qual o balanço do trabalho como selecionador da Albânia?

Sylvinho - É um prazer estar aqui e fui apanhado de surpresa com essa coincidência. O ano com a Albânia foi muito intenso, fabuloso e é ótimo estar aqui a falar convosco e a celebrar isso. 

zz - Nunca tinha sido selecionador principal antes. Como surgiu a possibilidade de treinar a seleção da Albânia? 

S - O convite surgiu através de uma pessoa muito próxima do presidente da federação. Eu estava a viver no Porto e fui convidado para um jantar em Milão. O presidente [Armand Duka] estava a tratar de uns negócios em Itália e tivemos essa aproximação, a oportunidade de falar um pouco sobre vários temas. Houve uma boa química, uma sintonia entre as pretensões da federação e o que nós pensávamos entregar. Não muito tempo depois, o convite foi formalizado e aceitámos. Pesquisei bastante, quis perceber o cenário completo e a conclusão foi muito positiva. Pedimos ao presidente para morar em Tirana e para ele isso foi uma grande surpresa. Nenhum dos meus antecessores tinha feito isso. Eu e os meus adjuntos quisemos ficar lá.

qA história da Albânia é riquíssima. Há três milhões de albaneses a viver no país e mais 15 milhões a viver noutros territórios. Temos atletas de nacionalidade italiana, suíça ou alemã e origem albanesa, absoluta. A federação está a desenvolver esse trabalho de identificação e não é um trabalho secundário

Sylvinho

zz - A passagem pela seleção do Brasil terá ajudado, naturalmente. 

S - O próprio Doriva, que está na minha equipa técnica, disse-me isso: 'Tu passaste três anos com o Tite na seleção, foste ao Mundial de 2018, a tua experiência com seleções já é muito boa'. Eu sabia perfeitamente o que tínhamos de fazer para arrancar bem o trabalho. Uma coisa é o clube, outra é a seleção. 

zz - Que realidade encontrou em Tirana? 

S - Uma federação muito evoluída, um prédio completamente novo, mais de 100 funcionários, quatro pisos exclusivos para o nosso trabalho. O presidente está no quarto andar, nós estamos no segundo, entramos todos os dias às nove da manhã para trabalhar e saímos às cinco da tarde. Nós chegámos em janeiro, o primeiro jogo era em março contra a Polónia e tivemos um centro de treinos novinho em folha, pronto a estrear. Fizemos imensas visitas a futebolistas, o presidente foi sempre prestável. Havia algum receio de nossa parte, porque esse complexo de treinos é mesmo no centro de Tirana - convido-vos a conhecê-lo -, mas a verdade é que o respeito dos adeptos, do povo, foi total. Encontrei uma federação muito bem estruturada. 

zz - E que grupo de futebolistas conheceu? Um grupo já de boa qualidade?

S - Percebemos rapidamente que quase todos os atletas jogam em cenários importantíssimos. Na Serie A italiana, na Bundesliga, na Premier League, na liga espanhola, em Portugal, todos estes países têm jogadores albaneses. 

zz - Como foi o trabalho de prospeção? Perguntamos porque havia muitos jogadores de origem albanesa e detentores de outras nacionalidades fora do radar da seleção. Houve a necessidade de convencê-los a representar a Albânia? 

S - Foi um trabalho muito diferente de tudo o que eu tinha feito anteriormente. A história da Albânia é riquíssima. Há três milhões de albaneses a viver no país e mais 15 milhões a viver noutros territórios. Temos atletas de nacionalidade italiana, suíça ou alemã e origem albanesa, absoluta. A federação está a desenvolver esse trabalho de identificação e não é um trabalho secundário. Tínhamos oito jogos de qualificação, alguns já foram convocados e outros mais poderão vir no futuro. 

Sylvinho fez-se acompanhar de Rui Pedro Sousa (ao centro), o analista português do seu staff @zerozero

zz - O Sylvinho está a viver no Porto, quase um ponto intermédio entre o Brasil e a Albânia. Quando é que veio para o nosso país e porquê? 

S - A culpa foi do mágico Deco (risos). Tenho uma relação muito boa com ele, conheço-o desde os tempos em que jogámos os dois no Corinthians [1996] - não parece, mas ele é mais novo do que eu. Anos depois, quando eu jogava no Celta de Vigo, os brasileiros vinham muito ao Porto à segunda-feira. Passear, fazer compras, a verdade é que as nossas culturas são mais próximas. Uma dessas vezes encontrei o Deco por cá e mais tarde fomos colegas de equipa no Barcelona. Quatro anos. A vida passou, os meus filhos cresceram e o Deco perguntou-me se eu não gostaria de viver no Porto. Ele já vivia cá. A minha filha estudava em Madrid, eu já conhecia outras partes da Europa e viemos conhecer o Porto melhor. Não foi um amor à primeira vista, foi crescendo. A cidade desenvolveu-se muito, está bonita, tem uma oferta enorme e dá-me calma. Eu sou muito enérgico e preciso disso. O rio, o mar, uma noite num restaurante tranquilo com um amigo, a família, a minha esposa. Isso dá-me tranquilidade, apaixonei-me pelo Porto e viemos para cá. Estamos cá já há três anos. O meu filho fez agora 18 anos e foi estudar para os EUA. É um pouco a história da nossa família. 

zz - Viver em Portugal, na Europa, foi decisivo para entrar na seleção da Albânia? 

S - Acredito que sim. Já convivi com muitas culturas e metodologias. O Brasil, a Espanha, estive três anos na Premier League inglesa, cinco anos a trabalhar em Itália e foi nesse país que tirei os meus cursos de treinador. Ou seja, há uma mistura grande de conhecimento. A nossa trajetória, a trajetória da minha equipa técnica, foi outra ajuda. Temos o Pablo Zabaleta, o Doriva, gente mais do que habituada a trabalhar nos maiores clubes da Europa. 

zz - A Albânia tem futebolistas nos maiores campeonatos, obrigados a ganhar sempre. Essa exigência facilitou o seu trabalho, pelo menos do lado da mentalidade? 

S - Corretíssimo. Na noite em que conseguimos a qualificação para o Euro24, eu fiz questão de nomear dois treinadores que estiveram antes de nós na seleção e que deixaram coisas muito positivas. As pessoas têm de perceber o processo e nem sempre esse processo é rápido. Antes de nós chegarmos, esta estrutura federativa estava a fazer crescer os nossos futebolistas e a potenciar a chegada deles às grandes ligas. Acostumaram-se a jogar contra grandes clubes, grandes adversários e a ter a responsabilidade de ganhar. Tudo isso formata um atleta. Nós acrescentámos um método, uma ideia, mas aproveitámos o legado deixado. 

zz - Dizia-nos, ainda em «off», que essa camisola número 20, do capitão Ylber Ramadani, simboliza o que procurou levar para a Albânia. 

S - Analisámos o grupo onde estávamos inseridos e, sim, é verdade, não havia ali uma campeã do mundo. França, Inglaterra, Espanha... não havia uma vaga garantida, uma super-potência. Mas havia a Chéquia e a Polónia, que eram favoritas. A qualificação dependeria mais de nós e nós conseguimos incutir nas mentes dos futebolistas que tínhamos uma boa possibilidade. O Ramadani é uma figura de coração e alma puros. Organizámos a equipa, demos-lhe conceitos táticos, tudo o que o futebol exige. Mas o mais importante era estarmos juntos e seguirmos na mesma direção. Há trocas, alterações, atletas que jogam menos e outros que jogam mais, e a aceitação dos atletas em relação a tudo isso foi fundamental.  

zz - Os resultados não podiam ter sido melhores. Esse lado emocional ajuda a explicar o sucesso? 

S - A nossa mudança para Tirana foi extraordinária. Os atletas perceberam que nós íamos cuidar deles até ao mínimo detalhe. Viajámos muito em janeiro e em fevereiro, e chegámos à concentração de março já muito preparados. Sentimos que eles estavam ansiosos pela chamada, com muita vontade. A equipa técnica, ela própria de várias nacionalidades, esteve muito próxima do grupo e isso foi determinante. 

Sylvinho ao lado de Doriva e Zabaleta, colaboradores no staff albanês @Getty Images

«O Bajrami (Benfica) é um central raro: tem rapidez e um bom pé esquerdo»

zz - Em Portugal há dois albaneses na primeira divisão: o Enea Mihaj joga no Famalicão e o Adrian Bajrami foi recentemente convocado para a primeira equipa do Benfica. São ambos internacionais, conhece-os bem? 

S - Sim, vim conhecê-los pessoalmente numa viagem a Portugal e com o Adrian Bajrami a experiência até foi engraçada. É quase uma anedota. Eu não sabia se ele falava bem português. Quando trocávamos mensagens escritas era sempre em inglês. 'Vamos encontrar-nos em Lisboa?' e ele respondia sempre 'yes, mister, yes'. Cheguei a Lisboa, fui ter com ele e o Bajrami parecia mais um português. 'Olá, mister, como está? Tudo bem, pá?' (risos). É um atleta jovem, os olhos dele brilhavam. O futebol mudou, temos de conversar e depois tomar as decisões. Se as coisas forem explicadas, eles percebem. O Adrian é mais jovem, está no Benfica B, tinha curiosidade sobre ele. Central canhoto, com boa velocidade, margem de crescimento. O Enea Mihaj já fazia parte dos nossos planos, vim ver dois jogos do Famalicão, falámos em inglês. Tem sido convocado, é absolutamente profissional, cuida muito de todos os aspetos físicos. O Adrian também, mas é mais jovem. Ele tem aspetos raros, nomeadamente a rapidez e o pé esquerdo. 

Sylvinho
15 títulos oficiais

zz - Quer dar alguma dica ao Roberto Martínez sobre a seleção da Chéquia? Vai ser adversária de Portugal no Europeu. 

S - Dica, não (risos). Eu é que preciso de dicas para parar a Itália, a Espanha e a Croácia. A Chéquia é uma seleção bem montada, era das mais fortes no nosso grupo. E há um aspeto curioso. Quando fomos observar a Chéquia, acabámos por ver vários jogos do futebol local, nomeadamente em Praga, e percebemos que as equipas eram 'a cara' da seleção. Jogavam da mesma maneira. O que os atletas faziam nos clubes, faziam na seleção. Conceitos parecidíssimos. A Chéquia mudou de selecionador, é fisicamente forte, com atletas altos e potentes. Pratica um jogo mais direto, tem um bom processo defensivo e é muito competente. 

zz - O que podemos esperar da sua Albânia na segunda presença num Europeu? O objetivo é ser ambicioso, jogar bom futebol? 

S - Deixem-me só voltar um pouco atrás, não me posso esquecer de falar do Roberto Martínez. Estivemos juntos no sorteio, é um treinador extremamente competente.

zz - Foi oficializado em Portugal no dia em que o Sylvinho foi apresentado na Albânia: 9 de janeiro de 2023. 

S - Incrível (risos). Nós tivemos um confronto no Mundial 2018, embora eu fosse apenas adjunto do Tite. [a Bélgica eliminou o Brasil nos «quartos»] Aliás, eu conheci-o ainda em Inglaterra, quando ele jogava no Wigan. É um treinador excelente, uma pessoa extraordinária e gostava de publicamente exprimir a minha gratidão por ele. Tivemos uma conversa ótima na altura do sorteio, tenho grande admiração pelo Roberto. É muito educado. Eu é que lhe tenho de pedir conselhos, não ele a mim (risos).  

zz - Conseguiu dez vitórias em dez jogos na qualificação de Portugal. 

S - Um trabalho fantástico. Bem, mas voltemos ao Europeu de 2024.

zz - O que pode fazer a Albânia? 

Sylvinho (à direita) durante a visita à nossa redação @zerozero

S - Sabemos que o grupo é muito difícil. Temos de testar a nossa força. Há duas situações muito claras para nós na federação albanesa: a primeira é o Europeu e temos de fazer um Europeu honesto, firme, com as características da nossa equipa e não podemos mudá-las, as nossas ideias são inegociáveis. As nossas possibilidades são pequenas? Sim, mínimas, mas em 2018 com o Brasil também fizemos análises; a segunda parte passa por tentar fazer com que a Albânia dispute mais Europeus e já pensar em estar num Mundial. Disputar grandes provas de seleções com mais frequência. Ambos os pontos são difíceis, mas estamos perfeitamente alinhados com a federação. 

zz - A euforia dos adeptos na Albânia é evidente. Como é que poderão gerir esse entusiasmo popular num grupo com Itália, Espanha e Croácia?  

S - Começámos a trabalhar nessa gestão ainda antes do fim da qualificação. É verdade, vive-se um clima de euforia enorme. Quando acabou o jogo contra a Chéquia em casa, o 3-0, não consegui dormir. 'Como é que vamos conseguir gerir tudo isto?'. As pessoas ligavam-nos, perguntavam o que estava a acontecer, diziam que nunca tinham assistido a tal coisa e que a cidade de Tirana lançava fogo de artifício. Pois, tudo muito bom, mas o treinador não dormia (risos). Tivemos reuniões com os capitães e não podemos perder a realidade. Temos de colocar objetivos atingíveis, não podemos dizer que vamos para este grupo e é obrigatório passar. Queremos continuidade, estar no Europeu com frequência, mas é importante controlar esta euforia. O adepto não tem limites, tem todo o direito de sonhar com a seleção, mas internamente temos de criar uma linha de trabalho consciente. 

«A final da Champions de 2009 é a única comparável à da qualificação com a Albânia»

zz - A noite da qualificação para o Europeu é histórica. Os treinadores vivem para sentir esses momentos. Enquanto futebolista vivenciou algo parecido? 

S - Nunca tinha pensado nessa pergunta... a resposta vai sair do coração. A minha final da Liga dos Campeões em 2009 [Barcelona-Manchester United, 2-0] é diferente. Na verdade, a diferença está logo marcada na função: atingir a perfeição a jogar  no relvado é inexplicável. Porém, ser treinador tem vantagens e peculiaridades. A única noite que chega perto dessa qualificação com a Albânia é a final da Champions de 2009. Eu já era um veterano, sabia que não ia repetir aquilo, era um triplete e a minha comemoração foi a comemoração do final de uma carreira. Foi diferente, mas a emoção é muito próxima. Emocionei-me bastante nessa noite na Moldávia, ainda recente. O grupo era ótimo, a gestão desse grupo também, tudo estava de acordo com o que nós pensávamos e queríamos. Por isso deixei-me levar pela emoção, as imagens mostram isso. Quem me conhece, sabe bem disso. 'Esse é o Sílvio verdadeiro, o outro está contido o tempo todo' (risos). Faz parte da profissão. 

zz - O que faz o selecionador da Albânia neste período em que não há jogos?

S - Agora temos três rivais claros no Europeu. Há um grupo de 50 futebolistas a ser constantemente monitorizado pela minha equipa técnica. Não é só a performance técnica, tática ou física dos atletas, mas também a clínica. Por exemplo: se um atleta que normalmente não é convocado por nós, mas que faz parte deste grupo de 50, se lesiona, nós temos de ter logo a informação. É uma forma de ele saber que é seguido e é importante para o selecionador. Faz parte dos nossos planos. Há muito trabalho a fazer. O nosso departamento médico é ótimo também. Os amigáveis de março estão a dar-nos algumas dores de cabeça, porque ainda não temos adversários fechados. Queremos dois oponentes que provem a nossa real força. Seleções de grande nível para testar-nos. 

Sylvinho na noite da histórica qualificação @Getty Images

zz - Numa seleção não há períodos alargados para treinar. Mesmo assim, é possível ter uma ideia forte de jogo? 

S - Sim. A aplicação da metodologia é diferente da de um clube, não há o trabalho de dia a dia para aplicar correções. Já que não temos isso, então a alternativa é recorrer às imagens, ao vídeo. Por exemplo, se eu tenho um lateral, eu vou mostrar-lhe tudo o que ele deve ou não fazer, nos vários momentos. Neste caso enviamos vídeos ao atleta, até invadimos um pouco o trabalho do treinador dele no clube, para lhe mostrar o que pretendemos dele - mesmo que seja um pouco diferente do que ele está habituado. Dois minutos de imagem é o ideal, a geração atual não nos consegue ouvir mais do que esse tempo (risos). Com esse compacto, o nosso atleta tem de saber o que queremos dele e o que existe do lado do adversário. É um trabalho duro, de compilação de imagens, e a minha equipa técnica é fundamental. Isto é feito individualmente, com todos os nossos futebolistas. Há um desgaste grande, mas é a forma possível para atenuar essa falta de contacto diário. 

zz - Foi assim que mostrou ao Jasir Asani o que pretendia dele a jogar como ala direito? Ele jogava normalmente como lateral esquerdo, antes disso. 

S - O canhoto que joga na Coreia. É um exemplo. O Jasir Asani não estava nos planos da seleção, curiosamente. Eu gosto de um esquerdino a jogar no lado oposto. Isso não é unânime na equipa técnica (risos), mas estou a tentar convencê-los. É muito difícil marcá-lo. Tem arranque, velocidade, é muito forte. O Asani atuava noutra posição, mas vimos imagens dele anteriores - quando jogava na Hungria - e os meus olhos 'bateram' nele. 'Que atleta é esse?'. Isso é muito desafiador. O Doriva até costuma dizer isto para mim: 'Sylvinho, tu encontras mais facilmente os canhotos' (risos). É verdade. Isto aconteceu também com o Mario Mitaj, um esquerdino que estava nos sub21 da Albânia. Jogava como central pela esquerda, às vezes como lateral, muita qualidade. Eu via os jogos deles e sentia que na categoria dele já estava a mais. Resolvemos promovê-lo e isso é também é um orgulho para um trabalho do staff técnico. De qualquer forma, digo sempre o mesmo: fui atleta durante 15 anos e sei que a resposta fundamental tem de ser a do futebolista. No caso do Mitaj, houve um trabalho de anos da federação e nós demos o toque final, ao colocá-lo a lateral. 

zz - É fechado na sua ideia de jogo ou um treinador mais flexível? 

S - Uma seleção permite a um treinador ser menos ortodoxo, mais flexível. Seria um louco se vos dissesse que o sistema é este e não se fala mais nisso. Começámos o primeiro jogo num 4x3x3 simples, ainda com bastante desconhecimento das minhas ideias. A partir daí, entendemos que precisávamos mudar algumas coisas e puxámos o Nedim Bajrami, médio do Sassuolo, para dentro. Foi uma 'tacada' muito interessante. A equipa progrediu com isso. Há atletas que aparecem e que nos 'obrigam' a mudar o sistema.

[NOTA: a Parte II da entrevista será publicada às 15 horas]

Brasil

Sylvinho

NomeSylvio Mendes Campos Júnior

Nascimento/Idade1974-04-12(49 anos)

Nacionalidade

Brasil

Brasil

Dupla Nacionalidade

Espanha

Espanha

PosiçãoDefesa (Defesa Esquerdo)

FC Porto 2004 v Barcelona 2006 (Amigável)

FC Porto 2004 v Barcelona 2006 (Amigável)

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