Hezbollah admite dois mortos em bombardeamento israelita

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A milícia xiita libanesa identificou os mortos como Ahmed Muhammad Sandian e Hasan Ali Yunis, que "ascenderam como mártires no caminho para Jerusalém", em referência aos mortos nas recentes hostilidades com Israel, na sequência dos ataques perpetrados a 07 de outubro pelo Hamas contra o território israelita.

Anteriormente, o Exército israelita tinha referido ataques contra complexos utilizados "pelo sistema de defesa aérea da organização terrorista Hezbollah", notando ser "uma resposta ao lançamento de mísseis terra-ar contra um drone" do tipo Hermes 450.

Israel confirmou que o Hezbollah tinha abatido um aparelho não tripulado sobre o seu espaço aéreo libanês.

Segundo informações recolhidas pelo jornal libanês 'L'Orient-Le Jour', o ataque ocorreu perto da cidade de Adus, nos arredores de Baalbek.

Fontes citadas pelo jornal pormenorizaram que o ataque atingiu um armazém da Al Sajad, uma rede de supermercados controlada pelo Hezbollah que vende bens e alimentos em zonas sob o seu controlo.

Mohamad Raad, líder do bloco parlamentar Lealdade à Resistência -- liderado pelo Hezbollah - afirmou que "o inimigo sentirá um sabor amargo se cometer um erro nos seus cálculos sobre o Líbano", segundo a televisão Al Manar, ligada ao grupo.

"Nos nossos confrontos com o inimigo israelita na frente do Líbano consideramos que existe um confronto preciso" para "impedir a materialização dos objetivos do inimigo" enquanto Israel procura "expandir o círculo das batalhas", acrescentou.

Raad indicou ainda que os norte-americanos "estão a tentar convencer Israel" a acabar com a "agressão" contra Gaza, porque os EUA vão "entra em coma devido à sua preocupação com as eleições (presidenciais marcadas para novembro)".

Para o deputado Hasán Ezeldín, também do Lealdade à Resistência, "apoiar a Palestina não é um capricho, mas um dever legal, islâmico, moral e nacional".

"A frente é de guerra e está em chamas. O inimigo não teme uma guerra ampla porque ama os libaneses, mas porque sabe que a resistência tem armas pesadas e avançadas com as quais pode atingir qualquer alvo da entidade usurpadora", argumentou.

O Exército israelita e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, confrontam-se diariamente na fronteira desde 8 de outubro, um dia depois dos ataques dos islamitas palestinianos do Hamas.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva no enclave palestiniano que já causou mais de 29 mil mortos, de acordo o Hamas, que controla o território desde 2007.

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