Hezbollah dará "verdadeira bofetada" a Israel se este estender "agressão"

8 meses atrás 66

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro, o Hezbollah tem realizado ataques quase diários a Israel a partir do sul do Líbano, para apoiar o seu aliado palestiniano.

Israel retalia bombardeando zonas ao longo da fronteira, onde pelo menos três casas de uma aldeia foram hoje destruídas pela aviação israelita, segundo a agência noticiosa oficial libanesa (ANI).

"Se Israel decidir expandir a sua agressão, receberá em resposta uma verdadeira bofetada", declarou o xeque Naïm Qassem num comunicado.

O responsável do Hezbollah reiterou também que o regresso da estabilidade à fronteira e "à região" do Médio Oriente depende do "fim da agressão a Gaza".

"O inimigo israelita não está preparado (...) para enfrentar o que a resistência islâmica no Líbano lhe reserva", afirmou o líder do grupo parlamentar do Hezbollah, Mohamed Raad, em declarações à ANI.

Na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, afirmou que a probabilidade de uma guerra "nos próximos meses" na fronteira com o Líbano era atualmente "muito mais elevada que anteriormente".

No mesmo dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu de que "um confronto total" entre as duas partes seria "um desastre completo".

Desde o início das trocas de fogo fronteiriças, a 08 de outubro, a violência fez mais de 195 mortos no Líbano, entre os quais pelo menos 142 combatentes do Hezbollah, fortemente implantado no sul do país.

Do lado de Israel, 15 pessoas morreram, nove das quais soldados e seis civis, segundo o Exército israelita.

Num comunicado, o Exército declarou hoje ter "realizado ataques aéreos e efetuado disparos de artilharia e tanques contra postos de observação do Hezbollah e infraestruturas terroristas" nas zonas de Hula e Kfar Kila.

Pelo menos três casas foram "completamente destruídas" pela aviação israelita nesta última aldeia, segundo a ANI.

A agência noticiou que, no total, quatro casas tinham sido atingidas "pela aviação israelita" e uma quinta por fogo de artilharia.

"Ainda há uma centena de habitantes em Kfar Kila, mas por sorte, as casas destruídas estavam vazias" na altura dos bombardeamentos, disse o autarca da localidade, Hassan Chite, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Por seu lado, o Hezbollah reivindicou a autoria de três ataques, dois deles contra "destacamentos de soldados do inimigo israelita" na fronteira, utilizando mísseis do tipo "Burkan", que podem transportar grandes cargas explosivas.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 105.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 24.620 mortos e mais de 61.800 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população a enfrentar níveis graves de fome.

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