Hezbollah reivindica ataques com dois foguetes contra quartel israelita

7 meses atrás 85

Um primeiro ataque atingiu as instalações militares de Maale Golani com foguetes 'Falaq-1', enquanto cerca de três horas depois uma "grande" vaga de projéteis 'Katyusha' foi disparada contra grupos de soldados posicionados no quartel e arredores, detalhou o Hezbollah em dois comunicados.

Segundo a televisão libanesa Al Manar, que atua como porta-voz do movimento armado, esta é a primeira vez que o grupo utiliza foguetes 'Falaq-1' de fabrico iraniano no contexto do atual fogo cruzado com o Estado Judeu, devido à guerra entre os israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Estes foguetes de 240 mm com ogivas de 50 quilos cada têm um alcance de até 10 quilómetros, segundo informações divulgadas pela Al Manar.

O Hezbollah também assumiu hoje a responsabilidade por outra ação contra um grupo de soldados israelitas que se encontravam na zona do castelo de Hunín, embora nesse caso se tenha limitado a dizer que o ataque foi realizado com "armas apropriadas", sem especificar quais.

Por seu lado, o Exército Israelita identificou vários lançamentos em direção ao Monte Hermon, muito próximo do castelo de Hunín, e anunciou que as suas forças responderam contra os pontos de origem.

As forças israelitas bombardearam também um complexo militar da formação libanesa e dispararem artilharia contra diversas áreas do sul do Líbano.

A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu maior pico de tensão desde a guerra de 2006, com uma intensa troca de ofensivas durante três meses que custou a vida a pelo menos 226 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 164 mortes, algumas destas na Síria.

O coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, alertou hoje que a grave crise económica em curso no país reduziu a capacidade de resistência das 86 mil pessoas deslocadas e as 60 mil pessoas que ainda residem em áreas atingidas pelo fogo cruzado no lado libanês.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, dos quais mais de 100 permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 112.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 26.083 mortos, 63.740 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome.

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