Homem detido após detetive fazer declarações falsas será indemnizado

9 meses atrás 82

Um homem negro será indemnizado em 225 mil dólares (cerca de 208 mil euros), depois de ter sido detido e acusado de tráfico de estupefacientes após mandado de buscas obtido com base em declarações falsas de uma detetive do condado de King, em Seattle, no estado norte-americano de Washington.

A detetive Kathleen Decker, agente daquele departamento criminal durante 33 anos, solicitou um mandado de busca ao veículo e ao domicílio de Gizachew Wondie, em 2018, no âmbito de uma investigação por homicídio, contou a ABC News.

É que, naquela altura, o homem estava a ser investigado por suspeitas de tráfico de estupefacientes, mas não era suspeito no assassinato. Contudo, e apesar de o pedido de Decker ter declarado que Wondie era proprietário da arma usada para matar uma mulher de 22 anos, esta tinha apenas uma correspondência parcial.

Além disso, a mulher identificou Wondie erradamente como sendo o homem retratado numa fotografia com a arma e adiantou que o indivíduo tinha "propensão" para a violência, quando este nunca tinha sido acusado de um crime violento.

Como se não bastasse, a detetive emitiu informações que davam conta de que o homem já não tinha na sua posse a arma que alegadamente procurava.

Durante uma audiência em tribunal, a agente admitiu que algumas das suas declarações estavam incorretas ou exageradas, mas salientou que não enganou o juiz que emitiu o mandado de busca deliberadamente.

Estas declarações obrigaram as autoridades federais a retirar as acusações de tráfico de estupefacientes que pendiam sobre Wondie. Isto porque, depois da emissão do mandado, a polícia encontrou droga na posse do homem, que tinha um segundo apartamento onde armazenava 11 mil comprimidos de xanax, 171 gramas de cocaína, uma prensa de comprimidos e outros objetos que aludiam ao tráfico de drogas.

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