A Honda e a Nissan anunciaram hoje um memorando de entendimento, onde vão estudar a viabilidade de uma parceria no âmbito dos veículos elétricos.
Este memorando tem como objetivo não só permitir alcançar a neutralidade carbónica, como também diminuir os acidentes rodoviários. Assim, as duas empresas vão analisar a possibilidade de «unirem forças», de forma a potencializarem um desenvolvimento tecnológico a nível ambiental, elétrico e de software.
A atual geração do Nissan Leaf, um dos modelos pioneiros da eletrificação total.Esta possível colaboração vai incluir “plataformas de software automóvel, componentes relacionados com veículos elétricos e produtos complementares”, ou seja, uma união em praticamente toda a linha.
Nissan, Honda e os elétricos
Recorde que numa altura em que a China e a Tesla dominam a produção de elétricos, esta possível parceria poderá ajudar a desenvolver a produção deste tipo de veículos por parte das duas fabricantes japonesas.
“As empresas emergentes são muito agressivas e estão a «marcar pontos» a uma velocidade incrível. Nós não vamos conseguir vencer se mantivermos uma abordagem tradicional.”
Makoto Uchida, presidente e CEO da NissanA Nissan que foi uma das pioneiras na produção de veículos elétricos através do Nissan Leaf, com a entrada de novos fabricantes de elétricos mais ágeis, tem tido dificuldades em «acompanhar o ritmo».
Para além da possível parceria com a Honda, a Nissan já se tinha juntado também à Renault na Europa para produzir o seu próximo elétrico — Nissan Micra —, que irá ter a mesma plataforma que o novo Renault 5.
A atual Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não irá ser afetada por esta potencial parceria com a Honda, de acordo com o CEO da mesma, Makoto Uchida.
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Recorde-se que a Honda tem registado uma dificuldade crescente na produção de veículos elétricos. Este tipo de veículos, em 2023, representou apenas 0,5% das suas vendas globais.
A empresa japonesa posiciona-se, por isso, ainda bastante longe do seu objetivo para 2040: aumentar o seu rácio de veículos elétricos e a pilha de combustível de hidrogénio para 100%.
“Estamos com pouco tempo e precisamos de ser rápidos. Se em 2030 queremos estar numa melhor posição, precisamos de tomar uma decisão agora.”
Toshihiro Mibe, presidente da HondaFonte: Reuters