HÓQUEI | Benfica bate FC Porto na Luz e empata finais

Aproveitando o enorme apoio dos seus adeptos e num jogo onde demonstrou uma intensidade defensiva e ritmo altíssimos, o Benfica recebeu e venceu o rival FC Porto por 5-2 e empatou as finais do campeonato.

Depois da vitória portista no jogo 1 da final do Play-Off do Campeonato Placard, esta mudava-se para Lisboa, onde o Benfica recebia o FC Porto, num jogo determinante para o desenrolar da mesma.

Alta rotação encarnada

Talvez por essa vantagem, Ricardo Ares fez uma pequena surpresa e arrancou o jogo com Telmo Pinto a titular, colocando um cinco inicial muito capaz de ter bola e geri-la (Hélder Nunes e Gonçalo Alves também fortes nessa área, cabendo a Carlo Di Benedetto a missão de prender o defesa do Benfica na área. Isto porque o Benfica, em desvantagem, como esperado, entrou ofensivo, mais assertivo e vertical nos seus ataques. Contudo, foi o plano portista quem resultou inicialmente, com Di Benedetto a aproveitar uma perda de bola infantil de Nil Roca atrás da baliza para, aos 4', bater o regressado Pedro Henriques e fazer o 0-1.

Apesar da desvantagem, o Benfica, galvanizado por um grande apoio dos seus adeptos, que praticamente lotaram o pavilhão, continuou a pressionar e com um ritmo e pressão bem mais elevados que os do lado dos dragões, como se notava nas disputas de bola, por exemplo. Aproveitando alguma acomodação portista após o 0-1, os comandados de Nuno Resende chegaram ao empate aos 11', numa jogada de insistência «, após transição rápida, por Nicolía. 

Isto mudou um pouco a postura do FC Porto, mas a turma azul e branca continuava num nível de intensidade abaixo do adversário e os seus ataques iam sendo bastante inconsequentes, também com mérito defensivo encarnado. Aos 15', o Benfica teve direito a uma grande penalidade - critério algo curto dos árbitros neste tipo de faltas - e Nicolía saltou do banco para assumir e colocar a bola entre as pernas de Malían, confirmando a reviravolta e fazendo explodir o pavilhão. Daqui em diante, o ritmo do Benfica continuava altíssimo e o FC Porto passo um mau bocado, mas o 2-1 persistiu até ao intervalo

Parada, resposta...empate

Com o Benfica em vantagem ao intervalo e por cima no jogo, era preciso um FC Porto diferente na 2ª parte e os primeiros minutos foram de equilíbrio e algum estudo, de parte a parte, com ambas as equipas a testarem os guarda-redes, quase sempre na meia distância. Contudo, o ascendente era encarnado e ainda mais ficou quando, aos 33', Malían viu o cartão azul por uma falta feia sobre Zé Miranda e, consequentemente, Nicolía chegou ao hat-trick, na cobrança da grande penalidade.

Este golo obrigou o FC Porto a nova mudança de atitude e os dragões foram algo que não tinham sido até então: atrevidos e intensos. Isto partiu o jogo e tornou-o mais eletrizante, mas também mais imprevisível, até que os dragões, num contra-ataque, reduziram para 3-2, por Telmo Pinto, aos 38'. O jogo estava relançado e o Benfica procurou reassumir as rédeas, agora mais paciente nos seus ataques, e viu Gonçalo Pinto fazer o 4-2, numa bela jogada coletiva, aos 40'.

O tempo começava a escassear e o FC Porto foi em busca de reduzir distâncias, para relançar, novamente, o jogo, mas o Benfica mostrou maturidade, continuou a defender muito bem e, aos 44', Zé Miranda, lançado na transição por Manrubia, colocou a bola por cima de Malían e fez o 5-2. Emocionalmente mais elevado e preparado para este jogo e o resultado em mãos, o Benfica geriu bem o jogo nos minutos finais, com ataques mais longos e impedindo (ou atrasando) ao máximo uma possível reação portista. A vitória por 5-2 acabou por ser justa e o Benfica empatou, assim, as finais.

O jogo 3 volta a ser no Dragão e está agendado para o próximo dia 23 de junho, pelas 15 horas de Portugal Continental.