Hóquei: Portugal sofre, mas vence França e espreita final do Mundial

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Portugal venceu, na tarde desta sexta-feira, França, por 4-2, avançado para as meias-finais do Mundial. Em Novara (Itália), a Seleção Nacional voltou a revelar debilidades, ainda que a rotatividade tenha contribuído para novo triunfo luso.

Sem surpresas, Paulo Freitas apostou em Ângelo Girão, Hélder Nunes, Zé Miranda, Gonçalo Alves e Gonçalo Pinto.

Entre os franceses, além dos irmãos Di Benedetto – Carlo, Roberto e Bruno – o português Nuno Lopes escolheu também o guardião Pedro Chambell e Rémi Herman.

Recorde, aqui, a história deste jogo dos «quartos».

Portugal principiou a eliminatória de batuta em riste, almejando inaugurar o marcador cedo. Por isso, ao quinto minuto, depois do esférico beijar o poste, Gonçalo Pinto assinou o 1-0. Em jogada conduzida pela direita, Zé Miranda assistiu o avançado para o quarto golo no torneio.

Seguiu-se o primeiro apagão das «Quinas». Apesar da vantagem, os comandados de Paulo Freitas recuaram e sucumbiram à pressão liderada pelo clã Di Benedetto. Ainda que Ângelo Girão tenha travado o penálti de Carlo ao nono minuto, o guardião luso nada pôde fazer aos 15m.

Pela esquerda, Roberto visou a baliza portuguesa, obrigando Girão a desviar para o segundo poste, onde esperava Carlo. Solto de marcação, o capitão francês repôs a igualdade.

E a reviravolta gaulesa poderia ter acontecido segundos mais tarde. Aos 16m, Rafa viu o cartão azul, mas Carlo Di Benedetto voltou a ser travado por Ângelo Girão.

Resistindo à inferioridade numérica, Portugal permaneceu errático na transição ofensiva e na organização defensiva. Por isso, o empate prevaleceu até ao intervalo.

Tranquilidade foi miragem

Para a etapa complementar, Paulo Freitas apostou em Girão, Rafa, Xavi Cardoso, Zé Miranda e Gonçalo Pinto. E bastaram três minutos para o 2-1 surgir, fruto da insistência de Rafa. Num lance caricato, o remate cruzado foi defendido por Chambell, mas o esférico rolou do ombro do guarda-redes até às redes.

Enquanto os índices de agressividade aumentavam, Chambell somou defesas, algumas vistosas, face a Vieirinha, Hélder Nunes e Gonçalo Alves, travando um penálti e um livre direto do goleador.

Sem brilhar como noutras ocasiões, a Seleção Nacional ampliou a vantagem a três minutos da buzina. Capitalizando um passe mal medido a meio-campo, João Rodrigues acelerou para o sexto golo no Mundial (3-1). Ainda assim, a eliminatória estava longe de terminar.

Sufoco no fim

Um minuto volvido, Carlo Di Benedetto contrariou o ânimo luso e, pela direita, voltou a reduzir (3-2). Foi o quinto golo do francês no torneio.

De falta em falta, a 10.ª de Portugal – muito contestada, uma vez que o esférico atingiu a perna de Rafa – foi assinalada já no derradeiro minuto.

Para alívio dos portugueses, Ângelo Girão voltou a agigantar-se, forçando Carlo Di Benedetto a um remate ao poste.

Na resposta, Hélder Nunes aproveitou a baliza deserta para sentenciar a eliminatória (4-2). Restavam 10 segundos no cronómetro quando o defesa assinou o seu terceiro golo no Mundial.

Assim, a Seleção Nacional disputará o lugar na final com a Espanha, que eliminou a Suíça (7-0). O duelo com a tricampeã europeia está agendado para as 17h30 deste sábado.

Importa recordar que a Espanha está no topo do hóquei internacional, uma vez que é a seleção mais titulada em Mundiais (17) – seguida por Portugal (16) – e arrecadou 10 Europeus entre 2000 e 2023.

As «Quinas» são as mais tituladas em Europeus (21) e a última conquista de um Mundial remonta ao verão de 2019, em Barcelona.

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