Hospitais exigem meios e autonomia para serem responsabilizados por listas de espera

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Cirurgias

02 jul, 2024 - 00:07 • Anabela Góis , com redação

Associação de Administradores Hospitalares desconhece qualquer caso em que as administrações elegem doentes para cirurgia em função dos custos que representam.

Os administradores hospitalares aceitam gerir listas de espera para cirurgias e ser responsabilizados desde que tenham mais meios e autonomia.

O Governo quer responsabilizar as administrações hospitalares pelos tempos de espera para cirurgias, revelou esta segunda-feira o coordenador do Plano de Emergência para a Saúde, Eurico Castro Alves, nas jornadas parlamentares do PSD.

Em declarações à Renascença, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) aplaude a medida, desde que as direções passem a ter autonomia para garantir os meios necessários para que não haja atrasos.

Xavier Barreto ainda espera para ver as medidas em causa, mas avisa desde já que essa possibilidade depende das ferramentas que estiverem previstas.

“Estamos a falar em contratar profissionais, comprar equipamentos. Se os conselhos de administração tiverem autonomia para tomar essas decisões, fará todo o sentido que depois possamos avaliar e eventualmente até responsabilizar”, afirma.

Governo quer responsabilizar administrações hospitalares por listas de espera de cirurgias

“Se não puderem contratar pessoas, não puderem fazer investimentos, se estiverem impossibilitados de responder a estes tempos de espera, então não fará qualquer sentido que os conselhos de administração sejam avaliados”, avisa Xavier Barreto.

Nas jornadas parlamentares do PSD, o coordenador do Plano de Emergência disse que há muitos hospitais que escolhem os doentes a operar tendo por base questões economicistas.

Em declarações à Renascença, Xavier Barreto garante desconhecer qualquer caso em que as administrações hospitalares elegem doentes para cirurgia em função dos custos que representam.

“Não sei quais são os dados que sustentam essa afirmação, mas não acredito que os conselhos de administração estejam a tomar decisões com influência no estado de saúde dos seus doentes por razões financeiras. Não conheço nenhuma situação dessas nem acredito que um conselho de administração esteja a tomar esse tipo de decisões”, afirma o presidente da APAH.

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