Hospital de Penafiel: pais de jovem que morreu em 2013 pedem indeminização de 530 mil euros

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País

Continua em tribunal o caso de uma jovem que morreu, em 2013, com um tumor cerebral que nunca foi diagnosticado, apesar de 11 idas às urgências do Hospital de Penafiel, às quais se somaram ainda 18 consultas no centro de saúde, com queixas de fortes dores de cabeça, vómitos e perdas de consciência.

Os quatro médicos envolvidos foram absolvidos em primeira instância e pelo Tribunal da Relação, mas agora, 11 anos depois da morte da jovem, a Justiça vai ainda decidir um pedido de indemnização de meio milhão de euros, numa ação interposta pelos pais contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Meses antes da primeira sentença, em 2019, os pais continuavam sem conseguir superar a perda de Sara Moreira, que morreu com 19 anos em janeiro de 2013.

Nos três anos anteriores, a jovem tinha estado na Urgência do Hospital de Penafiel 11 vezes, somando-se ainda as 18 consultas no centro de saúde, com queixas de fortes dores de cabeça, vómitos e perdas de consciência.

O diagnóstico foi sempre mesmo: crise de stress e ansiedade, mas Sara acabaria por morrer devido a um tumor cerebral com quase dois quilogramas, que nunca foi diagnosticado e que só a autópsia detetou.

Decisão do Tribunal de Penafiel e do Tribunal da Relação do Porto

Forma acusados e julgados quatro médicos, que foram no entanto absolvidos, com o Tribunal de Penafiel a deixar claro que os clínicos erraram no diagnóstico, mas que nunca tiveram a intenção de matar a paciente.

Uma decisão confirmada em 2020 pelo Tribunal da Relação do Porto.

Ainda assim, a batalha jurídica da família continua e decorre agora no tribunal administrativo e fiscal de Penafiel, que vai decidir sobre um pedido de indemnização de 530 mil euros numa ação interposta pelos pais contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Família garante que queixas foram ignoradas

De acordo com o Jornal de Notícias, nas alegações finais a advogada da família garantiu que as queixas de Sara foram ignoradas e que a jovem podia ter sido salva, com tratamento adequado.

Em sentido contrário, foi a argumentação da advogada do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa que lembrou a absolvição dos médicos e afirmou em tribunal que não era exigível aos clínicos terem feito mais do que aquilo que fizeram.

A decisão deve ser conhecida nos próximos meses.

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