Hutis consideram ridícula inclusão na lista de "terroristas" dos EUA

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"Quem é o americano: o americano que patrocina os crimes sionistas, matando crianças e mulheres em Gaza todos os dias e todas as noites. O americano com um registo criminal obscuro, moralmente falido?", salientou Abdul-Malik al Huti, o representante máximo do movimento apoiado pelo Irão, num discurso televisivo de uma hora.

"Não há nada que nos possa preocupar ou afetar a nossa posição. Manteremos o nosso apoio como povo iemenita, a nossa solidariedade e defesa do povo palestiniano e exerceremos pressão por todos os meios, incluindo a continuação da nossa posição de ataque aos navios ligados a Israel", afirmou.

A designação de Washington surge dias depois de uma campanha de bombardeamento dos EUA e do Reino Unido contra alvos militares do grupo no Iémen, devido a ataques de insurgentes a navios ligados a Israel no Mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb.

A designação entrará em vigor a 16 de fevereiro, com a possibilidade de suspender esta decisão se os Hutis cessarem os seus ataques, o que, segundo o líder rebelde, não acontecerá, pelo menos até que "a agressão a Gaza" termine.

Os EUA pretendem "desenhar" a aplicação das sanções que esta medida implica de forma a afetar o menos possível a população civil, uma vez que esta classificação é de "Terrorista Global Especificamente Designado" (SDGT), em vez de "Organização Terrorista Estrangeira" (FTO), com sanções são mais leves.

Oito anos após o início do conflito, a crise no Iémen continua a ser grave, com mais de 21 milhões de pessoas - dois terços da população - a necessitar de assistência humanitária.

A guerra entre os Hutis e o governo - que mais tarde se tornou um conflito global devido à intervenção da Arábia Saudita em apoio ao governo - levou ao colapso económico.

Al-Huti também fez questão de salientar, no seu discurso de hoje, que os ataques dos EUA contra os Hutis no Iémen não afetaram as suas capacidades militares.

"Afirmamos ao mundo inteiro que a agressão americano-britânica contribuirá cada vez mais, enquanto continuar, para o reforço das nossas capacidades militares. Os americanos estão bem conscientes da diferença qualitativa da arma utilizada para atacar o navio", afirmou.

O chefe do movimento apoiado pelo Irão referiu-se ao ataque de mísseis, esta semana, contra um navio norte-americano no Golfo de Aden, que não identificou.

Em resposta, Washington lançou uma nova vaga de ataques contra posições Hutis.

Uma declaração conjunta dos Estados Unidos e do Reino Unido, apoiada por outros oito países, referiu recentemente que a decisão de atacar as posições Hutis no Iémen foi também motivada pela defesa do comércio internacional e daqueles que transitam nas águas do Mar Vermelho, por onde passa cerca de 15% do comércio marítimo mundial.

Leia Também: Biden garante que ataques militares contra rebeldes Hutis vão "continuar"

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