IA ameaça 480 mil empregos em Portugal nos próximos dez anos

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De acordo com um estudo da Randstad, as tecnologias ligadas à Inteligência Artificial deverão permitir a criação de 400 mil empregos, por oposição a ameaçarem outros 481 mil, na próxima década.

Uma análise da Randstad concluiu que a Inteligência Artificial (IA) pode levar à automatização de 481 mil empregos e à criação de outros 400 mil. Ao todo, trata-se da perda líquida de 80,3 mil empregos nos próximos dez anos, em Portugal.

Entre os empregos que deverão sentir o impacto de forma mais acentuada, destaque para funções profissionais como IT, finanças, vendas, operações, RH, marketing, jurídico e cadeia de abastecimento. Em causa está o grau de automatização e atualização mais elevado, que lhes confere uma maior exposição às ferramentas de IA.

Em comunicado, a Randstad, empresa especializada em RH, faz saber que a análise é constituída por três vertentes. Uma destas é a revisão de literatura, focada em estudos de instituições como o World Economic Forum, a OCDE ou a Goldman Sachs. Junta-se uma perspetiva quantitativa, com foco na identificação dos efeitos da IA no aumento e redução de postos de trabalho, assim como uma avaliação qualitativa, conseguida através de dois inquéritos, colocados a empresas e profissionais como o objetivo de perceber perspetivas sobre o futuro peso da IA em diferentes sectores de atividade.

O sector de atividades administrativas, assim como o de atividades informáticas e telecomunicações deverão registar o maior peso de automatização de processos, na ordem de 18% e 17%, respetivamente. Por outro lado, a IA deverá desempenhar enorme importância ao nível da criação de emprego nas atividades informáticas e telecomunicações (29% dos novos postos de trabalho) e as atividades de consultoria, científicas e técnicas (14%).

Simultaneamente, os maiores aumentos na produtividade deverão ocorrer em sectores como atividades financeiras e seguros, a par das atividades informáticas e telecomunicações (36%), seguido das atividades de consultoria, científicas e técnicas (27%). De resto, 72,2% das empresas inquiridas estima que a tecnologia impulsione a atividade no sector e são ainda mais (82,9%) as que contam com um aumento na própria produtividade.

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