“IA impulsiona tantos os riscos como os lucros”, afirma Magda Cocco

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A advogada, sócia da VdA, considera que a empresas devem estar alerta em relação a “maus investimentos” na tecnologia e não a considerarem “o remédio para todos os males”.

A advogada Magda Cocco disse esta quarta-feira que um dos maiores riscos da Inteligência Artificial (IA) os “maus investimentos”, das empresas e as equipas de gestão considerarem que esta tecnologia, que tem marcado a agenda mediática, é “o remédio para todos os males”.

As boas notícias é que “a IA impulsionará tantos os riscos como os lucros”, de acordo com a afirmação da sócia da Vieira de Almeida (VdA), no início da primeira edição da Advisory Summit, organizada pelo Jornal Económico (JE).

Numa apresentação intitulada “How AI will change the business and legal landscapes” (“Como é que a IA vai mudar os negócios e os cenários legais”), Magda Cocco enumerou dois exemplos de investimentos elevados, mas bem realizados, uma vez que são verdadeiros L.L.M. – Large Language Models: o Gemini Ultra da Google (191 milhões de dólares) e o GPT-4 da OpenAI (78 milhões de dólares).

“É uma das tecnologias mais disruptivas que vimos até agora. Porquê? É central na Quarta Revolução Industrial – embora não possa ser vista de forma isolada – e muitíssimo transformadora de todas as atividades económicas”, comentou a advogada.

Quando se questionou sobre os segmentos de atividade económica mais suscetíveis de ter efeitos concretos da aplicação desta tecnologia, mencionou a banca, entre outros. “Todos os sectores vão ser impactadas, exceto aqueles que têm que ver com mão de obra intensiva: os carpinteiros, os construtores… E, mesmo nesse domínio da construção, vai haver muita utilização de IA”, referiu, no evento que decorre no Hotel Intercontinental Lisboa.

E a prestação de serviços de advisory? Segundo Magda Cocco, é – e continuará a ser – um dos mais impactados, com percentagens que rondam os 25%, de acordo com as previsões das grandes consultoras de gestão, como a McKinsey. Porém, alertou que a adesão rápida à tecnologia não significa, necessariamente, que esteja a ser adotada de forma correta.

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