De regresso à seleção sueca, aos 41 anos, Zlatan Ibrahimovic foi o porta-voz do grupo na antevisão ao jogo contra a Bélgica, que pode marcar a sua reestreia com a camisola da equipa nórdica. A retirada do futebol de alto nível, o regresso ao núcleo do plantel sueco e os treinos que já teve a oportunidade de fazer com o filho, Maximilian, foram alguns dos temas abordados. «Isso teria sido demasiado fácil. Não era um final que se adequasse a mim, estou aqui para fazer a diferença, se não fosse esse o caso, não estaria. Não quero falar sobre a minha idade, ainda tenho muito para fazer e quero mostrar a todos os que me tomam por acabado que estão errados», assinalou, ao ser questionado com a hipóteses de pendurar as chuteiras, no final da última época. «Passei por três cirurgias nos últimos 14 meses, houve um momento em que o joelho não melhorava. Estava no túnel e não via a luz, mas depois, finalmente, as coisas começaram a ficar cada vez melhores», sustentou, antes de assumir que, a retirada dos relvados, nunca esteve em equação. «Nunca, não desisto. Os desafios trazem-me adrenalina. Até vocês, jornalistas, desde que era jovem, têm escrito e dito que sou demasiado diferente, problemático e egocêntrico. Vocês ajudaram-me e ainda o fazem», referiu, momentos antes de revelar um episódio com o plantel da seleção sueca. «Ontem estava a jantar com a equipa, olhei para os rapazes e disse: "Vocês vão pensar que sou estúpido, o que estou aqui a fazer com a minha idade? Vão ver como o tempo passa. Mesmo quando estão perto dos 40 anos, vão ter medo de parar de jogar, quase vão sentir pânico"», confessou. A finalizar, Ibra abordou, ainda, os primeiros treinos em que tem contracenado com o filho, Maximilian: «É o sonho de qualquer pai, não? Ele foi muito bloqueado e disse-me que iria chegar com força se existisse um duelo entre nós. Então, disse a Pioli para nos pôr na mesma equipa, é melhor assim. Como é que ele joga? Se lhe perguntarem, não tirou nada de mim, se me perguntarem, aprendeu tudo comigo.»
Ibrahimovic para os colegas de seleção: «Perto dos 40 anos, vão ter medo de parar de jogar»
