IFC prevê mais 200 milhões de dólares para apoiar desenvolvimento de Angola

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O vice-presidente da Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation, IFC sigla em inglês) para o Médio Oriente e África, Sérgio Pimenta, falava à imprensa em Luanda, à margem da mesa-redonda sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP) no Caminho do Desenvolvimento Socioeconómico Sustentável.

O vice-presidente da IFC, braço financeiro do Banco Mundial, anunciou hoje um aumento do financiamento para Angola de, pelo menos, 200 milhões de dólares (184,8 milhões de euros) para alavancar o setor privado.

O vice-presidente da Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation, IFC sigla em inglês) para o Médio Oriente e África, Sérgio Pimenta, falava à imprensa em Luanda, à margem da mesa-redonda sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP) no Caminho do Desenvolvimento Socioeconómico Sustentável.

“Nós temos a ambição este ano – o nosso ano fiscal começou agora em julho e termina em junho – de fazer muito mais. Eu creio que [podemos] fazer, pelo mínimo, 200 milhões de dólares, mas acho que poderíamos fazer muito mais, temos capacidade de fazer mais, as oportunidades estão cá e acho que podemos trazer valor a este país, para ajudar a se desenvolver, alavancando a eficácia que o setor privado pode trazer”, referiu.

Sérgio Pimenta realçou que o IFC financia o setor privado, fazendo empréstimos, garantias, investimentos em capital, sendo as operações maioritariamente a longo prazo.

Segundo Sérgio Pimenta, desde a abertura, em 2019, do escritório da IFC foram mobilizados mais de 500 milhões de dólares (462 milhões de euros) para Angola, tanto em termos de investimentos a longo prazo, como a curto prazo, para apoiar operações de comércio internacional, que são importantes para o país.

O responsável frisou que um dos objetivos da sua visita ao país lusófono é trabalhar com a equipa local com vista a analisar possibilidades para o aumento de financiamentos.

De acordo com Sérgio Pimenta, este compromisso da IFC e do Banco Mundial com Angola reflete-se na colaboração com o Governo angolano para apoiar o desenvolvimento de uma sólida carteira de projetos de PPP em setores prioritários.

“Em Angola, vemos boas oportunidades de apoio aos setores da saúde, da energia, dos transportes, e das comunicações. Estes setores são críticos para o crescimento económico sustentável e inclusivo do país, com potencial para criar emprego e aumentar a produtividade de outros setores, assegurando simultaneamente a prestação de serviços públicos críticos para o desenvolvimento social”, referiu.

Com uma previsão de crescimento económico de cerca de 4,3%, em 2025, após a recuperação económica em 2023, Sérgio Pimenta considerou que uma menor dependência da indústria petrolífera “ajudaria a impulsionar o crescimento económico, criar bons empregos e melhorar as condições de vida”.

“No campo da diversificação económica existem boas perspetivas. O Governo pode e está a focar-se mais na agricultura, pescas, indústria e produção de energia renovável em todo o país, bem como em serviços digitais para construir uma economia mais resiliente e diversificada”, referiu.

O responsável defendeu a necessidade de “um investimento significativo por parte do setor privado, associado a um forte empenho político e ao apoio dos parceiros internacionais de desenvolvimento”, considerando ainda que as PPP constituem uma das vias a seguir, para ultrapassar um dos principais desafios de África, que são a falta de infraestruturas adequadas e dos serviços que delas dependem.

Sérgio Pimenta sublinhou que os serviços de assistência técnica para transações da IFC em Angola têm apoiado os planos do Governo de alienar a sua participação na Unitel, empresa privada de telefonia móvel, incluindo uma possível cotação na bolsa de valores.

Aos jornalistas, o responsável da IFC declarou que se trata de um dossiê importante que pode trazer mais concorrência, mais qualidade dos serviços, destacando que o setor das telecomunicações pode contribuir para o desenvolvimento do país.

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