Igreja espanhola diz ter registo de 2.056 vítimas de crimes sexuais

8 meses atrás 100

Trata-se de um relatório encomendado pela Conferência Episcopal (organismo onde têm assento os bispos do país) a um escritório de advocacia e auditoria em fevereiro de 2022.

O número mínimo de vítimas, segundo a Conferência Episcopal, é deduzido a partir de 1.383 denúncias apresentadas em diversas entidades, entre elas, as próprias dioceses e a Provedoria de Justiça de Espanha.

"O Relatório-Auditoria faz basicamente uma recompilação de casos surgidos em estudos prévios, sem realizar um estudo em profundidade dos mesmos", reconheceu hoje a Conferência Episcopal, num comunicado em que aparentemente lamenta o resultado do trabalho.

Os testemunhos e casos recolhidos abarcam um período de tempo que vai desde 1905 até à atualidade.

O perfil das vítimas é "maioritariamente masculino", os alegados abusadores foram membros do clero e outras pessoas que trabalham ou trabalhavam em instituições da Igreja ou ligadas à comunidade religiosa.

Os locais mais referidos como cenário dos crimes são as escolas católicas e os seminários.

O número de vítimas hoje avançado pela Conferência Episcopal espanhola é muito inferior a uma estimativa apresentada em outubro por uma comissão criada pelo parlamento espanhol e liderada pelo provedor de Justiça.

A estimativa dessa comissão é de que mais de 200 mil pessoas foram vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica em Espanha.

O presidente da Conferência Episcopal espanhola, Juan Jose Omella, considerou que esta estimativa não é fiável e disse na altura que a Igreja tinha conhecimento de 1.125 casos.

Leia Também: Presidente da Catalunha diz que só referendo resolve "conflito de soberania"

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Sétimo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo