Num jantar-comício em Lisboa, naquele que é o primeiro dia oficial de campanha para as eleições europeias, o candidato liberal lançou duras críticas à oposição, nomeadamente ao BE, por apoiar a Ucrânia "mas com 'mas'".
"É um partido a que eu chamo eurosonso porque o apoio do BE à luta do povo ucraniano é um dos tais apoios 'mas', ou seja, apoia a Ucrânia, mas era interessante que houvesse uma solução que permitisse a paz com base na neutralidade da Ucrânia", afirmou durante um discurso de cerca de 20 minutos.
Segundo João Cotrim de Figueiredo, não compete ao BE dizer o que compete à Ucrânia, portanto, "isso é uma sonsice".
E acrescentou: "Se é para apoiar a Ucrânia é para apoiar a Ucrânia naquilo que ela quiser. Isto é o que se chama respeito pela soberania".
Além da Ucrânia, o liberal apontou ainda a posição do BE contra as alterações climáticas para o apelidar de "partido eurosonso" porque "por um lado, faz uma sinalização de virtude para antecipar a data da descarbonização total da economia europeia e, por outro, querem voltar a pôr o nuclear na lista das tecnologias poluentes".
"Decidam-se", pediu, dizendo que isso "também é uma coisa sonsa".
As críticas de João Cotrim de Figueiredo não se ficaram por aqui, sublinhando que a postura do BE face às migrações é igualmente "mais uma eurosonsice".
"Descreve aquilo que gostava de fazer relativamente à regularização dos imigrantes ilegais que já cá estão, dos 400 mil que vergonhosamente esperam ainda a regularização, mas o tema não é esse, não é os 400 mil que já cá estão, é os 400 mil que podem vir a seguir, é a política de integração que se vai usar para que haja dignidade para as pessoas que queiram livremente viver para Portugal", frisou.
E, não responder a essa pergunta é, na opinião do candidato liberal, "mais uma eurosonsice".
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