IL 'falha' nos estatutos, mas votações continuam no 2.º dia de convenção

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Esta reunião não eletiva e que se reuniu para aprovar alterações estatutárias e um novo programa político começou no sábado em Santa Maria da Feira, Aveiro, e tem hoje o seu último dia de trabalhos.

O encerramento está previsto para a tarde, com um discurso do líder da IL, Rui Rocha.

Para a manhã está agendada a apresentação da proposta do programa político, pela Comissão Executiva, seguindo-se as intervenções dos militantes e a votação do documento, que apenas precisa de maioria simples para ser aprovado.

No sábado, foi precisamente a incapacidade das duas propostas em discussão de alcançar a maioria qualificada de dois terços nas duas votações que fez com que a IL saísse de Santa Maria da Feira com os mesmos estatutos que entrou, após um dia inteiro a apresentar e debater estas duas visões.

Em votação estavam a proposta do Conselho Nacional, afeta à direção e que resultou de um grupo de trabalho, e uma outra de um conjunto de opositores internos, entre os quais o ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves e o antigo presidente liberal Miguel Ferreira da Silva.

Depois de na primeira volta nenhuma das duas ter conseguido alcançar os dois terços que os estatutos preveem, a votação foi repetida, mas o desfecho foi o mesmo.

Além do partido ter ficado com os mesmos estatutos, apesar de todo este processo, outra das consequências foi o facto de os trabalhos terem terminado antes do jantar já que a fase de especialidade das alterações estatutárias não aconteceu.

Na segunda votação, a proposta afeta à direção alcançou 58,86% e a dos opositores internos 28,60%.

Durante a tarde, o antigo líder liberal João Cotrim Figueiredo tinha avisado que a IL só continuará a ganhar e a crescer caso se adapte e saiba "evoluir com os tempos", num apelo à aprovação da proposta de alteração dos estatutos afeta à direção.

À entrada para a reunião, Rui Rocha disse não temer divisões internas nesta convenção e alegou que, fosse qual fosse o resultado deste encontro, o partido sairia reforçado.

Tiago Mayan Gonçalves, do púlpito e antes das votações, atacou a existência de idolatria "pessoal ou sistémica" nas estruturas do partido e disse confiar "plenamente" nos membros da IL, "homens e mulheres capazes, livres de amarras e de narrativas", apelando a que votassem "em consciência".

Já após o desfecho, o rosto da oposição interna, em entrevista à TSF, apontou culpas à direção pelo chumbo das duas propostas de alteração aos estatutos e acusou-a de não ter procurado "consensos", rejeitando, no entanto, que o lugar de Rui Rocha esteja em risco.

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