IL não compreende posição da AD. "É o líder quem deve estar nos debates"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, disse, esta quinta-feira, perceber "mal" a posição tomada pela Aliança Democrática (AD) no que diz respeito à substituição do seu líder, Luís Montenegro, pelo presidente de centro-direita Nuno Melo nos frente a frente com o representante da CDU - Coligação Democrática Unitária, Paulo Raimundo, e com o porta-voz do Livre, Rui Tavares, já que, na sua ótica, os agentes políticos têm a obrigação de estar "sempre disponíveis para o debate".

"Há uma obrigação que todos temos enquanto agentes políticos, que é estarmos sempre disponíveis para o debate. Quanto mais debate, quanto mais oportunidades de esclarecermos as nossas propostas, melhor para todos. Melhor para os partidos, porque fazem chegar as suas mensagens, e melhor para os eleitores que, obviamente, têm mais informação necessária para formar a sua decisão", começou por dizer o responsável, em declarações à imprensa durante uma ação de pré-campanha no Sul do país.

Rui Rocha foi mais longe, tendo recordado que o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, recusou um segundo frente a frente nas rádios contra Luís Montenegro, que decorreria depois do debate televisivo entre os dois, marcado para dia 19 deste mês.

"Percebo mal. E temos dois casos, curiosamente: Pedro Nuno Santos, que já recusou um conjunto de debates na rádio, e temos agora esta posição da AD, que quer substituir aquilo que é óbvio. É o líder da AD quem deve estar nos debates", defendeu.

Saliente-se que a coligação que junta o Partido Social Democrata (PSD), o CDS – Partido Popular (CDS–PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM) esclareceu não ter "medo de debater com ninguém", ao mesmo tempo que garantiu que a substituição do social-democrata nos referidos debates está acertada "desde a primeira conversa".

As televisões, por seu turno, encararam com "surpresa" a informação avançada pelo Diário de Notícias, tendo garantido que o modelo proposto para os debates se mantém "nos exatos termos".

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