IL promete campanha pela positiva e longe dos "leilões de promessas"

7 meses atrás 106

Em entrevista à agência Lusa, Rui Rocha assume que a expectativa era que a legislatura não chegasse ao fim porque havia muitos sinais "que o controlo da governação estava a perder-se", mas confessa que "não esperava que acontecesse tão cedo nem nas circunstâncias" que levaram António Costa a demitir-se.

Sobre o processo da Operação Influencer, que levou à atual crise política, o líder liberal considera que as decisões judiciais devem ser conhecidas "sempre o mais rápido possível".

"Partir para isso, para este caso concreto, dizer que é obrigatório que até 10 de março [data das eleições] existam conclusões sobre o envolvimento do primeiro-ministro parece-me já ultrapassar essa linha de interferência com a justiça, que é absolutamente indesejável", avisa.

Sobre a possibilidade desta campanha vir a ser crispada e muito centrada em casos, Rui Rocha deixou uma promessa da parte dos liberais: "será uma campanha pela positiva, pela esperança, pela coragem, pela força que os portugueses seguramente têm".

"E é por essa força que nós temos que puxar para dizermos que podemos ter um país melhor, podemos ter mais prosperidade, mais acesso à saúde, mais oferta de habitação e falando dos temas que interessam realmente aos portugueses", defende.

Da parte da IL, de acordo com o seu presidente, esta será "uma campanha de soluções": "não entraremos nem nessa guerra de soundbites, nem nessa guerra de acusações, nem na guerra dos leilões de promessas".

Comprometendo-se a apresentar o programa eleitoral antes dos debates televisivos que começam em 05 de fevereiro, Rui Rocha explicou que este se desenvolve por "duas ideias fundamentais" que é pôr Portugal a crescer e a funcionar.

O programa eleitoral será "uma evolução" quanto ao programa das eleições de 2022, mas "mantendo as marcas fundamentais da Iniciativa Liberal", segundo Rui Rocha.

"O partido é o mesmo, a linha programática é a mesma, obviamente atualizada por aquilo que são as ideias que a nova comissão executiva, a nova liderança tem e também pelo contexto em que vivemos", explica.

Dando como exemplo a crise na habitação, que há dois anos não era "tão pronunciada", o liberal antecipa "medidas mais ambiciosas" nesta área e também propostas concretas para os profissionais liberais e trabalhadores independentes.

"A isenção do IVA até 25 mil euros de faturação, mais apoio em termos de medidas sociais na parentalidade, um regime de retenção na fonte mais amigo da tesouraria e da gestão corrente dos profissionais liberais e dos trabalhadores independentes", detalha.

Questionado sobre a recuperação do tempo de serviço de professores, Rui Rocha reitera que a IL "não afasta a possibilidade que se avance de forma faseada para essa recuperação".

"Agora, há um ponto que nós queremos saber para podermos tomar uma decisão definitivamente. Quem apresentou essa intenção de fazer essa recuperação tem a responsabilidade de dizer quanto custa. Nós não podemos tomar posições definitivas sem sabermos exactamente quanto é que custa esta medida", explica.

O presidente da IL considera que "não há nada para distribuir no insucesso" nem "na falta de ambição".

"Temos que ter esse crescimento económico. Eu costumo dizer que não há nada mais social que o crescimento económico, porque só com crescimento, com mais riqueza, com mais prosperidade nós podemos também depois ter um país que tem mais justiça, que tem mais resposta dos serviços públicos aos portugueses, tem mais oportunidades para todos", defende.

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