De uma forma geral, entraram menos pessoas ilegalmente na União Europeia, entre janeiro e março deste ano. Comparando com o período homólogo de 2023, a Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira) regista menos 12 por cento de travessias irregulares. Os dados da Frontex mostram que esta quebra se justifica com a diminuição das chegadas que cruzam o Mediterrâneo Central (para Itália).
Aliás, foi nesta rota marítima que a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira registou um recuo homólogo de quase 60 por cento. Nos primeiros três meses do ano, a Frontex registou 11.400 entradas ilegais, tendo sido mais de metade (6.700 deteções) só em março.Também o trajeto marítimo dos Balcãs Ocidentais registou menos travessias irregulares, mas na ordem dos 64 por cento entre janeiro e março.
A Frontex registou, ainda assim, algumas subidas. Por exemplo, nas travessias da África Ocidental o aumento de entradas irregulares ultrapassou os 500 por cento (13.575 deteções nas Canárias, Espanha). Ou seja, foi aqui que foi registado o maior número de entradas ilegais detetadas desde que há registos na Frontex (2011).
No Mediterrâneo Ocidental, por outro lado, as entradas irregulares de migrantes aumentaram 45%, face ao primeiro trimestre de 2023, para as 3.057. No Mediterrâneo Oriental a subida de entradas irregulares detetadas ultrapassou os 100 por cento, para as 13.716).