Imobiliário comercial: Portugal entre os destinos com maior potencial turístico de investimento

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Estudo da consultora Savills indica que, em média, 57% dos inquiridos preveem um ambiente de investimento imobiliário mais positivo no próximo ano, com os segmentos de escritórios e retalho a registar valores de arrendamento estáveis ou crescentes no mercado imobiliário prime.

O potencial turístico faz de Portugal onde um dos destinos mais procurados para o investimento em imobiliário comercial no próximo ano, de acordo com as previsões dos researchers da consultora Savills.

Em média, 57% dos inquiridos apontam para um ambiente de investimento imobiliário mais positivo em 2024, onde esperam “um aumento moderado” a forte na atividade de investimento, sendo que 70% destacam os imóveis residenciais multifamily e 66% os imóveis industriais e logísticos.

A consultora prevê que o terceiro trimestre do próximo ano registe um aumento da atividade imobiliária provocada pela recuperação de mercados importantes, como os Estados Unidos e o Reino Unido.

No segmento logístico, 92% dos inquiridos preveem que os valores dos arrendamentos subam ou se mantenham estáveis, enquanto 90% antecipam aumentos no valor dos arrendamentos no segmento multifamily e 81% esperam subidas no mercado residencial em geral.

Por sua vez, escritórios e de retalho devem registar valores de arrendamento estáveis ou crescentes no mercado imobiliário prime, sejam espaços prestigiados de escritórios nos centros das cidades, onde 73% dos consultores da Savills prevê um aumento dos valores ou de pontos de venda no retalho de qualidade com forte afluência de visitantes nacionais ou turistas (81%).

Ainda no mercado de escritórios, mas nym segmento secundário é esperado que os valores se mantenham estáveis ou que venham a descer no próximo ano.

Entre as principais tendências, mas sempre dependendo da estratégia do investidor, a Savills destaca nas estratégias core e core plus: escritórios no Central Business District (CBD) prime que satisfaçam as atuais necessidades dos tenants; logística prime na maioria dos mercados; comércio prime e hotéis prime em destinos turísticos, especialmente em França, Espanha, Portugal, Austrália e Singapura; prime living em locais com fortes tendências de urbanização e procura crescente de arrendamento, especialmente Singapura, Japão, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália.

Já nas estratégias de valor acrescentado as tendências devem passar pela readaptação/reposicionamento de escritórios em localizações privilegiadas, especialmente nos Países Baixos, Espanha, Japão, Coreia do Sul, Austrália, França e Alemanha; readaptação/reposicionamento de lojas de retalho prime, em especial no Sul da Europa e na Ásia, para obter rendimentos mais elevados.

Por fim, nas estratégias de oportunidade nota para os escritórios com potencial de reversão; gestão de ativos com fraco desempenho, como por exemplo, o reposicionamento de centros comerciais antigos.

Alexandra Portugal Gomes, Head of Research, Savills Portugal, refere que “para 2024, as projeções são ligeiramente mais otimistas, ainda com uma análise de riscos muito criteriosa por parte dos investidores. Os critérios ESG e a descarbonização assumirão também um grande destaque uma vez que, à medida que os investidores se tornarem mais conscientes dos aspetos ambientais, sociais e de governação, procurarão ativos que ofereçam um elevado retorno financeiro e estejam alinhados com os seus valores.

Por sua vez, Eri Mitsostergiou, Director, Savills World Research, afirma que “2024 deverá ser um ano muito melhor para os investidores imobiliários a nível mundial, prevendo-se uma recuperação sustentada à medida que as yields se tornem mais atrativas, as rendas prime subam e a reavaliação dos preços comece a realinhar as expetativas dos compradores e dos vendedores nos mercados onde tal ainda não se verificou”.

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