Imposição de regras à liberdade de imprensa fragiliza jornalismo, principalmente em tempo de eleições

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Para Luís Santos impedir jornalistas de assistir a eventos numa universidade é mau sinal.

O diretor adjunto do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, considera que a lei é clara: os partidos têm de esclarecer de forma inequívoca as condições de acesso aos eventos em que participam.

Para este investigador os partidos políticos tem de ser claros relativamente à presença de jornalistas, bem como quando os líderes políticos querem fazer declarações e depois não há possibilidade dos jornalistas os questionarem.

Quanto ao que aconteceu ontem á noite na Universidade Católica, com a expulsão de um jornalista do expresso por militantes do Chega, o partido à hora da publicação desta notícia ainda não reagiu à agressão de que o jornalista foi sujeito.

A Rádio Pública pediu esclarecimentos ao partido, depois de um repórter do jornal Expresso ter sido retirado à força da sala e impedido de fazer a cobertura da presença de André Ventura, num ciclo de conversas com cada líder partidário que está a decorrer na Universidade Católica, em Lisboa.

Uma falta de esclarecimento que já levou o Sindicato dos Jornalistas a exigir o apuramento de responsabilidades e a recordar que qualquer agressão a um jornalista é considerada um crime público, desde 2018.

Quanto à Universidade Católica, o estabelecimento de ensino emitiu um comunicado a repudiar qualquer tentativa de intimidação de jornalistas bem como quais limites ao direito de informação.

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