‘Impuestazo’. Cepsa congela investimento de três mil milhões em Huelva

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Cepsa junta-se à Repsol e garante que cancela investimentos se Governo de Pedro Sanchez avançar com a taxa.

O cerco das energéticas ao Governo de Pedro Sanchez aperta-se. Agora, é a Cepsa que ameaça travar um investimento de três mil milhões de euros em Huelva, na Andaluzia. A petrolífera vai cancelar o investimento se o executivo tornar definitivo o ‘impuestazo’ uma taxa cobrada às energéticas espanholas.

O “Expansion” detalha que os acionistas da Cepsa (Mubadala e Carlyle) decidiram congelar o investimento de três mil milhões de euros no Vale de Hidrogénio da Andaluzia.

Este investimento prevê a construção de duas fábricas de hidrogénio verde em Palos de la Frontera (Huelva) e em San Roque (Campo de Gibraltar, Cadiz). Em conjunto, teriam uma capacidade de eletrólise de 2 gigawatts e a capacidade para produzir 300 mil toneladas de hidrogénio verde por ano.

Além disso, as fábricas também teriam capacidade para produzir biocombustíveis.

“A Cepsa está a avaliar o impacto fiscal da possível aprovação de uma nova taxa permanente em Espanha”, disse a Cepsa citada pela “Bloomberg”.

Se o executivo decidir avançar, a Cepsa vai “desacelerar os investimentos em hidrogénio verde planeados para Espanha, priorizando a sua expansão internacional com projetos que tinham inicialmente sido planeados para a segunda fase da estratégia de transição”.

Na quinta-feira, foi noticiado em Espanha que a Repsol está a avaliar de desloca mais investimento para Portugal. Neste caso, um investimento de 1.100 milhões de euros previsto para Tarragona (Catalunha) para Sines em Portugal, revela o “El Pais”.

Depois ter anunciado um desvio de 15 milhões de euros no hidrogénio verde, a companhia espanhola analisa desviar este investimento que prevê um grande eletrolisador de hidrogénio verde, com capacidade para produzir 2,7 toneladas de hidrogénio verde por hora.

A produção de hidrogénio verde e oxigénio seria consumido pelas empresas no complexo petroquímico de Tarragona, o maior do sul da Europa. Este investimento tem entrada em operação prevista para 2028, aguardando ainda pela decisão final de investimento.

Além do eletrolisador, o projeto também visa a construção de uma Ecofábrica  para processar anualmente cerca de 400 mil toneladas de resíduos municpais não-recicláveis para produzir metanol, um combustível projetado para ser usado no transporte marítimo.

O Governo espanhol adiou a decisão sobre o “impuestazo”, uma taxa transitória cobrada a bancos e energéticas, mas que o executivo de Pedro Sanchez quer tornar permanente.

A Associação Espanhola de Operadores de Produtos Petrolíferos (AOP) que integra a Repsol, Cepsa, Galp e BP estimou que o “impuestazo” vai colocar em risco 16 mil milhões de euros de investimento previsto por este sector até 2030.

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