Incontinência urinária tem impacto de 69 mil milhões de euros nos sistemas de saúde europeus

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Em Portugal, apontamos para cerca de 600 mil pessoas com incontinência urinária e entre 5 a 18% da população deve sofrer de algum tipo de incontinência fecal. Se não agirmos, estes números vão crescer e teremos ainda mais pessoas com a qualidade de vida comprometida”, disse a presidente da APDPI, Joana Oliveira.

A incontinência urinária teve um impacto de 69,1 mil milhões de euros nos sistemas de saúde europeus, de acordo com o ‘An Urge to Act’ da Associação Europeia de Urologia, “o que equivale a metade da carga económica da diabetes, que custou à União Europeia (UE) cerca de 149 mil milhões de euros em 2019, e dois terços do custo do cancro, que teve um valor de 100 mil milhões em 2020”.

A Semana Mundial da Continência é assinalada entre 7 a 23 de junho e a Associação Portuguesa para a Disfunção Pélvica e Incontinência (APDPI), no âmbito da campanha de sensibilização #AMochilaMaisPesada, juntou-se à Medtronic para “aumentar a consciencialização, combater o estigma e incentivar as pessoas que vivem com disfunções pélvicas e incontinência a procurarem” ajuda médica.

“Os dados do relatório europeu revelam um cenário alarmante: entre 55 a 60 milhões de europeus sofrem, atualmente, de problemas de saúde relacionados com a incontinência. Quando falamos de disfunções pélvicas ou incontinência é inevitável mencionar o peso emocional que os doentes carregam consigo diariamente para onde quer que vão. Em Portugal, apontamos para cerca de 600 mil pessoas com incontinência urinária e entre 5 a 18% da população deve sofrer de algum tipo de incontinência fecal. Se não agirmos, estes números vão crescer e teremos ainda mais pessoas com a qualidade de vida comprometida”, disse a presidente da APDPI, Joana Oliveira.

A presidente da associação salientou que a organização trabalha diariamente para apoiar as pessoas diagnosticadas com incontinência e outras disfunções pélvicas.

“Quando uma pessoa é diagnosticada com incontinência, a sua vida dá uma volta de 180 graus. Muitos de nós, que vivemos com esta doença, carregamos muito mais do que mudas de roupa ou produtos de higiene. Carregamos também uma mochila cheia de medos, vergonha e inseguranças. O peso desta mochila pode ser aliviado através de apoio e empatia por parte de todos nós”, disse a presidente da APDPI.

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