A Aliança Democrática Nacional, NDA, liderada pelo partido de Narendra Modi, o Bharatiya Janata Party, deverá conseguir 350 dos 543 lugares da câmara baixa do Parlamento, onde bastam 272 deputados para uma maioria simples.
Em 2019, o NDA conseguiu 353 lugares.
A Aliança INDIA, liderada pelo partido do Congresso, da oposição, deverá conseguir mais de 120 deputados.
O país mais populoso do mundo começou a votar a 19 de abril, por sete fases. Com 969 milhões de eleitores, estas foram as maiores eleições de sempre.
Os especialistas frisam que é um desafio conseguir realizar sondagens fidedignas, num escrutínio tão disperso e demorado, realizado em muitos lugares sob um calor sufocante.
Nem seria a primeira vez, se as sondagens deste sábado errassem a projeção. Os resultados eleitorais só deverão ser conhecidos dentro de quatro dias.
A Comissão Eleitoral vai fazer a contagem das urnas eletrónicas a 4 de junho, com a publicação dos resultados esperada para o mesmo dia.
Modi, de 73 anos, poderá então saber se é ou não o segundo primeiro-ministro, depois de Jawaharlal Nehru, a cumprir três mandatos consecutivos.
Nos últimos anos, a legislatura de Modi tem sido marcada por um crescente nacionalismo hindu, em detrimento de outras religiões, particularmente a muçulmana, com o primeiro-ministro a colar-se diversas vezes às celebrações hindus, como na recente inauguração de um dos maiores templos da Índia.
A popularidade de Narendra Modi rivaliza com a polarização e crispação xenófoba crescentes na sociedade indiana, caracterizada igualmente por grandes clivagens sociais e económicas. Os apoios sociais no país cifram-se em mais de 400 mil milhões de dólares e são uma das bandeiras eleitorais de Modi.
Em contraste, o país procura tornar-se líder mundial em tecnologias de ponta. Em agosto de 2023, a Índia tornou-se o primeiro país a colocar uma sonda na superfície lunar junto ao polo sul.
"É um dia histórico para o setor espacial indiano", escreveu então Modi na rede social X.