Inês Cardoso: “Declarações do CEO são uma total desvalorização no caso do JN”

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“Em relação a declarações públicas do nosso CEO que são uma total desvalorização no caso do JN. Eu não conheço situações em que os CEO das empresas venham para o mercado das números incorretos para baixo, ou seja, para agravar a situação da empresa”, sublinhou a diretora demissionária do JN.

A diretora de informação demissionária do Jornal de Notícias, Inês Cardoso, comentou as declarações do CEO da Global Media ao jornal “Eco” e frisou que são “uma total desvalorização no caso do JN”.

“As declarações públicas do nosso CEO são uma total desvalorização no caso do JN. Eu não conheço situações em que os CEO das empresas venham para o mercado dar números incorretos para baixo, ou seja, para agravar a situação da empresa”, sublinhou a diretora demissionária.

Inês Cardoso recordou que “numa entrevista ao jornal Eco o nosso CEO disse que o JN vende 12 mil jornais em banca e 14 mil exemplares, incluindo as assinaturas”.

“Ora, os dados do terceiro trimestre do ano da APCT falam em 19.327 exemplares de circulação paga e impressa e mais 3.014 no digital”, salientou.

Quanto aos cortes no grupo, Inês Cardoso utilizou como exemplo o corte “drástico nas páginas de papel dos diários”. “No caso do JN foi muito significativa. Esse corte de papel para fazer face aos aumentos graves decorrentes da guerra na Ucrânia e dos aumentos do preço do papel teve como efeito a maior perda de leitores desde a pandemia”, vincou a diretora demissionária.

No contexto mais atual, Inês Cardoso falou sobre as “decisões relativamente às revistas”. “O processo de revisão à revista Evasões é absolutamente desastroso na forma como é comunicado. Eu era diretora do Evasões e soube num comunicado ao mesmo tempo que os outros quinhentos trabalhadores da empresa que passava a haver um novo responsável pela revista”, frisou.

“A revista estava pronta para ir para as bancas, fecha habitualmente à quarta-feira, na terça feira foi comunicado que essa semana pura e simplesmente não ia para as bancas, sem nenhuma preparação ou aviso aos leitores”, lembrou.

No que diz respeito ao JN Direto, Inês Cardoso apontou que estão “sem estúdio desde que mudamos de instalações e estar sem estúdio representa não fazer programas que tinham patrocínio”.

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