Inflação abranda para 1,4% em dezembro e deixa média anual nos 4,3%

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O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a taxa de inflação de dezembro terá ficado nos 1,4%, segundo os dados divulgados esta sexta-feira. Em média, em 2023, a inflação terá sido de 4,3%.

2023 foi um ano marcado pelo abrandamento da inflação, depois dos recordes atingidos em 2022. Em novembro, o índice de preços no consumidor, que mede a inflação, tinha apresentado uma variação homóloga de 1,5% - já abaixo da ‘marca’ dos 2% considerada segura pelos bancos centrais. Feitas as contas, em dezembro terá havido um recuo de 0,1 pontos percentuais, face ao mês anterior.

O indicador de inflação subjacente também abrandou, para 2,6% (2,9% em novembro). Este indicador mede a evolução de um cabaz de bens e serviços com mudanças menos frequentes (exclui bens energéticos e produtos alimentares não transformados) e com oscilações menos pronunciadas de preço.

“O principal contributo para esta desaceleração provém do comportamento dos preços dos produtos alimentares, que terão diminuído 0,6% face ao mês anterior”, nota o INE.

Face a novembro, a taxa de variação do IPC terá sido negativa em 0,5%.

Com os dados de dezembro já é possível ter uma estimativa para a inflação de todo o ano de 2023. Segundo o gabinete estatístico, a inflação deste ano terá sido de 4,3%. De recordar que, em 2022, a inflação média anual situou-se em 7,8%, um valor “significativamente acima” do registado em 2021 (1,3%), e o mais elevado desde 1992.

O INE estima ainda que o índice harmonizado de preços no consumidor - o indicador usado para a comparação entre países da União Europeia - se tenha fixado nos 1,8% (2,2% em novembro).

Os dados definitivos da inflação de dezembro e do ano serão divulgados a 11 de janeiro.

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