Iniciada greve geral de cinco dias na Saúde e Educação na Guiné-Bissau

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O sindicalista explicou à Lusa que, aquela que é a terceira greve realizada em 2024 "foi efetivada" porque a Frente Social não voltou a sentar-se à mesa das negociações com o Governo, como estava previsto que acontecesse no dia 11.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se com a direção da Frente Social em abril e propôs que parassem com as greves nos setores da saúde e educação com a indicação de que o Governo iria sentar-se à mesa das negociações com os responsáveis dos sindicatos.

Yoyo João da Silva afirmou hoje que não foram convocados e que a única reunião que teve lugar "ficou inconclusiva" e era dirigida por responsáveis dos dois ministérios, "mas que não tinham poderes de decisão".

O sindicalista observou que a Frente Social "está aberta ao diálogo" e quer evitar que a greve decorra até sexta-feira.

Como consequência da paralisação, os serviços de urgência do Hospital Nacional Simão Mendes, segundo o seu diretor, Bubacar Sissé, estão a funcionar hoje com dois médicos que garantem "o serviço mínimo".

 Yoyo João da Silva assinalou que a greve está a ter, neste primeiro dia, uma adesão de "cerca de 80%" nas escolas públicas e nos hospitais e centros de saúde.

"A maioria dos profissionais dos dois setores estão dececionados com o Governo", observou o sindicalista.

Os quatro sindicatos da Frente Social, dois da saúde e outros tantos da educação, exigem do Governo, entre outros, o pagamento de mais de 12 meses de salários em atraso aos professores e técnicos da saúde, efetivação de novos quadros dos dois setores contratados, criação de um novo currículo escolar nas escolas públicas e ainda a melhoria de condições laborais.

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