Interferência externa nas eleições dos EUA pode aumentar, avisa Microsoft

2 horas atrás 17

De acordo com a gigante tecnológica, os operacionais russos estão a duplicar a utilização de vídeos falsos para difamar a campanha da vice-presidente Kamala Harris, enquanto campanhas ligadas à China nas redes sociais difamam os candidatos que criticam aquele país.

Entretanto, elementos iranianos que, alegadamente, enviaram e-mails com o objetivo de intimidar os eleitores dos EUA, em 2020, têm pesquisado sites relacionados com as eleições em grandes meios de comunicação, acrescentou o Centro de Análise de Ameaças da empresa.

As pesquisas levantam preocupações de que possam estar a preparar-se para levar a cabo outro esquema este ano, acrescenta a Microsoft.

O relatório serve como um aviso - com base noutros relatórios de funcionários dos serviços de informação dos Estados Unidos - de que, à medida que o país entra na reta final das eleições e começa a contar os votos, os maiores esforços para influenciar os resultados podem ainda estar por acontecer.

As autoridades norte-americanas dizem continuar confiantes de que a infraestrutura eleitoral é suficientemente segura para resistir a quaisquer ataques de adversários norte-americanos.

No entanto, num ato eleitoral tão renhido, os esforços estrangeiros para influenciar os eleitores estão a suscitar preocupações.

A Microsoft observou que algumas das campanhas de desinformação que monitoriza receberam pouco envolvimento autêntico do público dos EUA, mas outras foram amplificadas involuntariamente por norte-americanos, expondo milhares de pessoas à propaganda estrangeira nas últimas semanas de votação.

"A história mostra que a capacidade dos atores estrangeiros de distribuir rapidamente conteúdo enganador pode ter um impacto significativo na perceção pública e nos resultados eleitorais", disse Clint Watts, diretor geral do Centro de Análise de Ameaças da Microsoft, em comunicado de imprensa.

Por isso, acrescentou Watts, "os eleitores, as instituições governamentais, os candidatos e os partidos devem permanecer vigilantes a atividades enganosas e suspeitas online", com "especial atenção nas 48 horas antes e depois do dia das eleições".

A Rússia, a China e o Irão já rejeitaram as alegações de que pretendem interferir nas eleições nos Estados Unidos.

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