Investigado alegado esquema em serviços gratificados da GNR

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A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar suspeitas de esquemas nos serviços gratificados num destacamento da Guarda Nacional Republicana (GNR). A informação está a ser avançada pelo jornal Expresso, que teve acesso a uma queixa-crime.

Segundo a publicação, um militar avançou com uma queixa-crime "contra o seu superior hierárquico num subdestacamento no norte do país". A queixa está a ser investigada pela PJ, pelo Ministério Público e pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).

As denúncias, onde o GNR relata vários episódios de "irregularidades" na nomeação de militares para escalas de serviços remunerados, chegaram à PJ em maio e novembro, através do advogado Carlos Cartageno.

Na denúncia, a que o Expresso teve acesso, o militar sugere que a PJ apreenda os dossiers onde se registam as escalas de serviço e acedam aos e-mails trocados entre o superior hierárquico e o comando da GNR.

"Salienta-se a nomeação de apenas certos e determinados militares para a realização de serviços remunerados dentro do período normal de trabalho", lê-se na denúncia, que indica que os militares beneficiados podem ter recebido a dobrar. 

O Notícias ao Minuto tentou confirmar a informação junto da Polícia Judiciária e do Ministério Público e continua a aguardar reação.

A notícia surge depois de, na semana passada, a Divisão de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública (PSP) ter realizado buscas na Divisão de Segurança e Transportes Públicos de Lisboa da mesma força policial também por suspeita de crimes no processamento de serviços gratificados a agentes da polícia.

Em causa estavam serviços gratificados ou remunerados alegadamente realizados na CP - Comboios de Portugal.

PSP investiga crimes na divisão de segurança e transportes

A Divisão de Investigação Criminal da PSP está hoje a realizar buscas na Divisão de Segurança e Transportes Públicos de Lisboa da mesma força policial, por suspeita de crimes no processamento de serviços gratificados a agentes da polícia.

Lusa | 13:00 - 06/02/2024

"As diligências visam a obtenção de prova relacionada com factos suscetíveis de constituir a prática de crimes de falsificação de documento, de peculato, de abuso de poder e de falsidade informática, previstos e punidos pelos artigos 256.º, 375.º, 382.º do Código Penal e 3.º da Lei do Cibercrime", informou o Ministério Público, acrescentando que "os factos reportam-se ao pagamento de serviços gratificados a agentes da PSP no âmbito da segurança de instalações e equipamentos de transportes públicos".

Ainda de acordo com o Ministério Público, "o inquérito encontra-se sujeito a segredo de justiça".

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