Investigadores criam supercomputador de IA capaz de simular o cérebro humano

5 meses atrás 78

Apesar dos largos anos de estudo direcionados ao cérebro, ainda se sabe muito pouco sobre ele. No entanto, com a computação quântica e a inteligência artificial (IA), está a ser possível atingir níveis nunca antes imaginados. Desta vez, um grupo de investigadores criou um supercomputador capaz de simular o cérebro "à escala".

E se conseguíssemos, através da tecnologia, atingir o desempenho de um cérebro humano capaz de imitar os nossos processos biológicos? Os investigadores da Western Sydney University acreditam que isso é possível. E a sua teoria não ficou apenas no papel - lançaram um projeto para a tornar realidade.

Supercomputador DeepSouth - computador que pode simular o cérebro

O Centro Internacional de Sistemas Neuromórficos (ICNS) da referida instituição explica que estão a trabalhar no primeiro sistema informático capaz de "simular à escala" as redes do cérebro humano graças a um sistema neuromórfico. Foi-lhe dado o nome de DeepSouth Supercomputer e espera-se que esteja operacional em 2024.

Ao contrário dos sistemas informáticos convencionais, o DeepSouth foi concebido de raiz para funcionar como se fosse uma enorme rede neuronal. Trata-se de uma plataforma completamente nova que promete estabelecer um novo paradigma para a forma como as cargas de computação são tratadas e que, segundo os investigadores, terá muitas vantagens.

Cérebro

Em primeiro lugar, a arquitetura do supercomputador será capaz de emular o cérebro humano para atingir picos de 228 biliões de operações sinápticas por segundo. O ICNS afirma que este valor é equivalente à taxa estimada de operações que o cérebro humano pode efetuar. Além disso, será tremendamente eficiente.

"O nosso sistema vai mudar isso"

De acordo com os investigadores, o cérebro humano pode processar informação equivalente a um exaFLOP por segundo com cerca de 20 watts de potência. A engenharia neuromórfica da DeepSouth promete processar uma quantidade equivalente de dados com muito menos energia. A vantagem? Melhorar o desenvolvimento da inteligência artificial.

A simulação de redes neuronais de picos em hardware padrão usando unidades de processamento gráfico (GPUs) e unidades de processamento central (CPUs) com vários núcleos é muito lenta e consome muita energia. O nosso sistema vai mudar isso.

Explica o diretor do ICNS, André van Schaik.

Há alguns pormenores importantes que ainda não foram divulgados, como o equipamento de hardware que fará parte deste sistema. Em abril de 2024, se tudo correr como planeado, estas questões serão respondidas.

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