"Os processos judiciais relativos a estas três pessoas foram conduzidos perante o Tribunal Revolucionário de Urmia, tendo sido condenadas à morte em primeira instância", disse o porta-voz do poder judicial, Asghar Jahangir, numa conferência de imprensa em Teerão.
"O processo encontra-se atualmente em fase de recurso", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Mohsen Fakhrizadeh foi morto em novembro de 2020, perto de Teerão, num ataque contra a caravana automóvel em que seguia.
O Irão acusou Israel de ser o mandante do atentado, que, segundo as autoridades iranianas, foi realizado com recurso a uma bomba e a uma metralhadora telecomandada.
Israel nunca respondeu às acusações.
"Após investigação, três das oito pessoas detidas na província do Azerbaijão Ocidental foram acusadas de espionagem a favor do regime de ocupação israelita", afirmou Jahangir.
Os três acusados são também "suspeitos de transportar material para o Irão para o assassinato do mártir Fakhrizadeh, sob o pretexto de contrabando de bebidas alcoólicas".
No final de 2022, a justiça iraniana acusou nove pessoas de corrupção e de "cooperação com Israel" para o assassinato do físico.
Mohsen Fakhrizadeh tinha sido sujeito a sanções dos Estados Unidos pelo seu papel no programa nuclear do Irão.
Em 2018, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou Fakhrizadeh como o diretor de um programa nuclear militar secreto que o Irão sempre negou existir.
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