Irão diz que contactos com Egito vão "no bom caminho" para "nova página"

8 meses atrás 101

"Naturalmente que vão acontecer muitas coisas no futuro", indicou em conferência de imprensa o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, recordando a assinatura em março passado de um acordo entre o Irão e a Arábia Saudita para a normalização das relações bilaterais, mediado pela China, indicou a agência noticiosa Tasnim.

As suas declarações ocorrem após o Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, e o seu homólogo egípcio, Abdel Fatah el-Sisi, terem mantido no sábado a primeira conversa telefónica em anos entre os chefes de Estados dos dois países.

A aproximação entre as duas partes sucede num contexto em que mais de 20.600 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza pelos constantes ataques das Forças de Defesa de Israel em reposta à sangrenta ofensiva do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro.

O Egito é um dos países que está envolvido na mediação entre Israel e o Hamas para garantir o fim das hostilidades, e após o bloqueio no Conselho de Segurança da ONU, pelo veto dos Estados Unidos, às resoluções que pediam um cessar-fogo.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sangrento e sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.

No total, 1.140 pessoas, na maioria civis, foram mortas nesse dia, segundo uma contagem da agência noticiosa AFP a partir dos últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas de 20.600 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 53 mil, na maioria civis, destruídas a maioria das infraestruturas e perto de dois milhões forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 07 de outubro, mais de 300 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico.

Leia Também: Irão acusa Israel de matar um dos seus comandantes na Síria

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