Irão nas urnas para eleger novo presidente após morte de Raisi em acidente de helicóptero

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Mais de 61 milhões de eleitores iranianos têm a oportunidade votar num novo presidente, embora se espere que milhões de pessoas desiludidas com as sucessivas repressões do regime boicotem as eleições.

As mais de 50 mil urnas espalhadas pelo país abriram às oito horas locais (4h30 em Lisboa) e encerram às 18h00 (14h30 em Lisboa), podendo o horário vir a ser alargado até à meia-noite. Os iranianos com mais de 18 anos também poderão votar a partir do estrangeiro.

Na corrida ao cargo estão apenas quatro candidatos, depois de dois terem desistido já no fim da campanha, o presidente do parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, um oficial de segurança, Mostafa Pourmohammadi, um alto funcionário da segurança, Saeed Jalili e o legislador Masoud Pezeshkian.

"Afluência às urnas é necessidade absoluta"

As eleições antecipadas no Irão não deverão provocar um grande mudança nas políticas do país, mas o seu resultado poderá influenciar a sucessão do líder supremo do Irão, que está no poder desde 1989.

Ayatollah Ali Khamenei, de 85 anos, apelou esta sexta-feira a uma grande afluência às urnas na tentativa de solucionar uma crise de legitimidade do regime alimentada pelo descontentamento da população, maioritariamente jovem, face às dificuldades económicas e à limitação das liberdades.

"Uma grande afluência às urnas é uma necessidade absoluta", afirmou o líder supremo do Irão, numa declaração na televisão estatal iraniana, depois de ter votado. "A durabilidade, a força, a dignidade e a reputação da República Islâmica dependem da presença do povo", sublinhou.

A presidência do Irão continuará em aberto, até ao fim da contagem manual dos boletins de voto, e o resultado final só deverá ser anunciado nos próximos dias. A eleição do novo presidente depende da obtenção de pelo menos 50 por cento dos votos, caso não se chegue

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