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Em declarações à agência oficial IRNA, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kananí, elogiou a resposta do grupo palestiniano Hamas à proposta e garantiu que esta mostra "inteligência".
"A República Islâmica do Irão apoia o plano apresentado para alcançar os direitos do povo palestiniano, incluindo a cessação imediata e permanente dos ataques e crimes do regime sionista, o levantamento do cruel bloqueio de Gaza, a libertação dos prisioneiros palestinianos e a retirada completa e incondicional das forças de ocupação israelitas da Faixa de Gaza, bem como a reconstrução do que foi destruído pela guerra", afirmou Kananí.
A proposta de tréguas, aceite na segunda-feira, pelo grupo islâmico Hamas inclui um cessar-fogo de 40 dias na Faixa de Gaza, que consiste em três fases e inclui a libertação dos reféns detidos pelo movimento palestiniano.
Israel já avisou que a proposta está muito aquém de satisfazer as suas exigências, mas disse que enviaria uma delegação ao Egito para discutir a questão.
Ao mesmo tempo, o exército israelita confirmou o bombardeamento da cidade de Rafah, no sul, onde mais de um milhão de habitantes de Gaza se refugiaram após o início da ofensiva terrestre que obrigou a população do norte a abandonar as suas casas, muitas agora destruídas.
O Irão é um dos principais aliados do Hamas e um inimigo ferrenho de Israel, país com o qual mantém uma luta pela supremacia regional.
Mais de 34.700 pessoas morreram e mais de 78.000 ficaram feridas em Gaza desde que, há sete meses, Israel declarou guerra ao Hamas, na sequência de um ataque surpresa em território israelita por aquela organização que é considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.
O ataque em território israelita, a 07 de outubro, deixou cerca de 1.200 mortos.
O Hamas fez reféns cerca de 250 pessoas, das quais se estima que menos de 100 ainda estejam vivas.
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