“Irrealista”, “nada fácil” e levará a uma “guerra prolongada”. Vai Israel conseguir destruir o Hamas?

9 meses atrás 89

“Não há soluções mágicas, nem atalhos. Há apenas combates intensos e persistentes. E nós estamos muito, muito determinados.” Depois de ter visitado na terça-feira, dia 26, o norte da Faixa de Gaza, onde se encontrou com as tropas do país, o chefe do Estado-Maior General das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, avisava que o conflito na região ia “demorar muitos meses”. “Esta guerra é necessária e não tem objetivos fáceis de se alcançar”, realçava o líder militar, garantindo que serão usados “diferentes métodos” para conseguir concretizar a finalidade estabelecida por Telavive após os ataques perpetrados a 7 de outubro em território israelita: destruir e desmantelar o Hamas. 

Quase três meses depois dos ataques em Israel na madrugada de 7 de outubro, que causaram cerca de 1.200 vítimas mortais, as Forças de Defesa israelitas continuam empenhadas em destruir a liderança política e militar do Hamas. Não obstante, como reconheceu Herzi Halevi, a missão não se afigura fácil, mesmo que tenha havido promessas de “aumentar a presença militar”. Em simultâneo, o número de vítimas mortais não pára de subir na Faixa de Gaza: mais de 21 mil pessoas, a maioria delas civis, acabaram por morrer na sequência dos ataques israelitas.

A catástrofe humanitária na região já levou inclusivamente a que os países aliados de Israel apelassem a que o governo do país repense a sua estratégia. Mas as autoridades israelitas insistem que o caminho que têm de seguir passa por destruir o Hamas — se bem que não estipulem como é que o vão percorrer. Do mesmo modo, o grupo islâmico, considerado terrorista pelo Ocidente, não se mostra disponível para enterrar o machado de guerra, continuando a defender-se de um adversário mais forte. Conta, no entanto, com duas vantagens: conhece bem o terreno e utiliza táticas inspiradas na guerrilha urbana que dificultam a vida às tropas de Telavive.

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