IRS? Chega critica "remendo fiscal" (e vai apresentar "alívio real")

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O líder do Chega, André Ventura, descreveu, esta sexta-feira, medidas de redução do IRS anunciadas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, como um "remendo fiscal".

"Tivemos o anúncio, por parte do primeiro-ministro, de que teríamos um grande choque fiscal e um grande alívio fiscal com o pacote que o Governo hoje aprovaria. Este choque fiscal e este alívio fiscal é, na verdade, um remendo fiscal", começou por referir em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.

"Ao ser um remendo fiscal, torna-se uma desilusão fiscal porque, quer a Aliança Democrática (AD) quer o Chega, tiveram a votação que tiveram com base na premissa de que trariam ao país um choque fiscal verdadeiro e efetivo", acrescentou.

Lembrando que, no caso de um salário de mil euros, a "poupança fiscal será de apenas pouco mais de 1,5 euros", André Ventura considerou que se trata de "uma poupança que não é significativa", que representa uma diferença de cerca de três euros por contribuinte face ao que foi apresentado pelo anterior governo socialista.

"Estamos a dar ao Partido Socialista (PS) o argumento de que, na verdade, não havia nenhuma mudança entre as diferenças alternativas e aquilo que o PS já fazia", atirou.

Neste sentido, André Ventura avançou que o "Chega não tem grandes condições de votar favoravelmente esta proposta", que considerou ser "uma mentira". No entanto, ressalvou que o partido "também não quer colocar-se ao lado de quem vai impedir a entrada em vigor de um diploma que vai baixar os impostos".

Assim, o Chega irá anunciar a sua própria contraproposta de um "alívio fiscal que se aproxime de um alívio real nos vários escalões do IRS".

Sublinhe-se que o Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta que reduz as taxas do IRS até ao 8.º escalão, anunciou o primeiro-ministro, indicando que a medida perfaz um total de redução do imposto de 1.539 milhões de euros face a 2023.

"Foi aprovada uma proposta de lei que será ainda hoje remetida à Assembleia da República" com uma "diminuição das taxas em sede de IRS até ao 8.º escalão de rendimentos", disse Luís Montenegro no final do Conselho de Ministros, em Lisboa.

O primeiro-ministro afirmou ainda que esta "diminuição estimada pelo Governo tem um valor global que perfaz face a 2023 uma redução de 1.539 milhões de euros".

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